Pela primeira vez um dirigente do futebol paranaense poderá estar presente na alta cúpula do Clube dos 13. Homologada ontem, a chapa de oposição à entidade liderada pelo ex-presidente do Flamengo, Kléber Leite, tem em uma das vice-presidências Vilson Ribeiro de Andrade, que ocupa a mesma posição no Coritiba.

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Ele estará ao lado dos mandatários de Goiás, Botafogo e Vasco, Syd de Oliveira, Maurício Assumpção e Roberto Dinamite, respectivamente. No C13, Vilson quer redefinir a regra de distribuição de verbas da televisão e mais apoio ao futebol paranaense.

“O Kléber fez uma visita ao Paraná, ao Atlético e almoçou com o (Jair) Cirino (dos Santos, presidente alviverde), eu manifestei a minha insatisfação com a situação do Clubes dos 13, ele me consultou se aceitaria participar da chapa e eu aceitei”, justificou o dirigente do Coxa.

De acordo com ele, o clube está muito insatisfeito com a distribuição de verbas feita pela entidade (o clube recebe 2,2% do bolo). “Nós achamos um disparate muito grande e com o acontecimento de 6 de dezembro ficamos sozinhos, só recebemos a solidariedade de Atlético e Paraná, mas fora daqui nada”, apontou Andrade.

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Por isso, ele aposta na mudança de comando do C13, que está nas mãos de Fábio Koff, que tenta mais uma reeleição. “Temos que mudar a política, temos que mudar a divisão de renda”, reitera o dirigente do Coritiba.

Ele garante que essa decisão não tem nada a ver com uma possível ajuda da CBF na redução da pena de R$ 100 mil e dez mandos pela invasão a campo no ano passado como foi especulado.

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“O Coritiba está pedindo a redução porque recebeu a pena máxima e uma coisa não tem vinculação com a outra”, explica. Amanhã, às 13h30, o STJD analisa o embargo. Tudo porque no último julgamento, a punição não foi unânime. O auditor Alberto Puga votou pela perda de nove mandos e uma multa de R$ 90 mil.

Para ser eleita, a chapa de Kléber Leite precisa a maioria dos 20 eleitores e apesar da situação encabeçada por Koff ter largado como favorita, Andrade garante que a decisão será bem disputada.

“Eu diria que as chances de eleição são boas. Pelas minhas contas, os votos estão bem equilibrados, mas sabe como é eleição e o que vale é o vai para a urna”, finaliza o dirigente alviverde. A eleição ocorre às 14h de segunda-feira e após os vinte representantes de clubes votarem, a contagem e a posse acontecem na sequência.