A transferência do meio-campo Rafinha para o futebol árabe, do ponto de vista da gestão financeira do Coritiba, é inadiável. A negociação com o Al-Shabab Al Arabi, dos Emirados Árabes, vai render R$ 5 milhões aos cofres alviverde – receita que servirá para dar fôlego aos recursos do clube.

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O indicativo de que as contas não estão fechando no Alviverde surgiu na semana passada. Através de nota enviada à imprensa, o empresário do atacante Deivid, Felipe Carrilho, tornou público o atraso no pagamento de seis parcelas referentes aos direitos de imagem – procedimento que o Coxa mantém com Deivid, Alex, Rafinha, Bottinelli, Leandro Almeida e Lincoln.

Apesar dos mais de 30 mil associados, e de ter assinado com a Caixa Econômica Federal um patrocínio de R$ 6 milhões -valor 140% maior que o desembolsado pelo antigo parceiro, o Banco BMG (R$ 2,5 milhões/ano) -, o incremento de receita não livrou o Coritiba das dificuldades de equilibrar seu caixa. A venda de Rafinha é reflexo desse desequilíbrio financeiro.

Em recentes declarações, Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do clube, relatou que o orçamento para a atual temporada se aproxima dos R$ 100 milhões, enquanto a receita gira em torno de R$ 90 milhões. “O futebol hoje é um negócio. O Coritiba, para este ano, tem um orçamento muito próximo a R$ 100 milhões. Só que futebol você não administra se não tiver uma receita equilibrada. Tínhamos R$ 100 milhões em dívida fiscal, com uma receita em torno de R$ 40 milhões. Hoje, nossa receita está em mais de R$ 90 milhões e temos um ativo de 450 milhões, sendo que a dívida representa 28% do nosso ativo e está toda negociada para pagarmos mensalmente”, disse, esperando que a venda Rafinha equilibre o caixa.

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