Na arquibancada

Torcida mista perde força no Paranaense neste ano

Neste início de ano, a principal notícia do futebol paranaense foi a reaproximação entre as diretorias de Atlético, Coritiba e Paraná Clube. São planos de marketing, ideias para aumentar a participação dos clubes no bolo das cotas de transmissão de TV e iniciativas para promover a paz nos estádios. Essa união sofreu dois duros golpes nos últimos dias. Primeiro, a derrota de Ricardo Gomyde na eleição da Federação Paranaense de Futebol. Depois, com a renúncia de Rubens Bohlen da presidência do Paraná. Apesar da força da ligação entre Coxa e Furacão, foi o ex-dirigente tricolor que deu o primeiro passo na aproximação, fazendo uma visita em janeiro ao recém-eleito Rogério Portugal Bacellar, do Coritiba.

E a ideia de organizar um setor de torcida mista no clássico de domingo entre Paraná e Coritiba, na Vila Capanema, perdeu força com a renúncia de Rubens Bohlen. Ele tratava diretamente com o presidente coxa-branca, Rogério Bacellar, a criação de um local na Vila Capanema onde as duas torcidas pudessem ficar juntas. O projeto começou a ser tratado no começo do mês, inspirado na ação concretizada no Grenal do dia 1º de março, do Beira-Rio.
“Eu vinha acertando isso com o Bohlen. Agora estou aguardado o novo presidente do Paraná nos procurar”, disse Bacellar, que está em viagem e só retorna a Curitiba hoje. “A nossa intenção é promover a paz no futebol. Se não for possível fazer dessa vez (a torcida mista), poderá ser na próxima oportunidade”, acrescentou o dirigente coxa-branca.

A reportagem não conseguiu contato com Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, que assumiu a presidência paranista com a saída de Bohlen. A Polícia Militar, por meio da assessoria de imprensa, informou que não fala sobre a possibilidade da torcida mista enquanto a ideia não se tornar concreta, mas garantiu que a instituição está preparada para fazer a segurança do clássico seja como for.

A ausência de tempo hábil para que ocorra uma organização também dificultará uma promoção conjunta do clássico entre Coritiba e Paraná. Uma ação parecida foi feita no último Atletiba, do dia 22 de fevereiro, com técnicos, jogadores e presidentes dos dois clubes na mesma bancada em uma entrevista coletiva. “Temos que analisar para ver se existe ainda essa possibilidade”, disse o diretor de marketing do Tricolor, Fabiano Stedile.