Além do natural desejo em vencer o Atletiba, o Coritiba tem uma motivação extra para o clássico. Se bater o arquirrival domingo, às 16h, no Couto Pereira, o Alviverde chega a sete jogos de invencibilidade e crava seu melhor início em Campeonato Brasileiro. A marca atual já igualou a sequência que perdurou por 41 anos, e foi estabelecida em 1972.
Naquele ano, o Coxa classificou-se para o Campeonato Brasileiro ter sido campeão estadual em cima do Atlético. No saldo das seis primeiras rodadas, o Coritiba obteve vitórias contra Palmeiras, Bahia, Sergipe e Vitória. Empatou contra Botafogo e Santos e na 7.ª rodada conheceu sua primeira derrota -para o Atlético-MG, em Belo Horizonte. O Alviverde tinha a seguinte escalação no time-base: Jairo (Célio); Hermes, Pescuma, Cláudio e Nilo; Hidalgo, Kruger, Leocádio e Hélio Pires; Zé Roberto (Tião Abatiá) e Dirceu (Dreyer).
Depois, no meio da competição, essa equipe ainda acumularia mais nove jogos de invencibilidade – maior série invicta até aqui, e que fora igualada em outras três oportunidades (1980, 1998 e 1999). O esquadrão de 1972, que mais tarde venceria o torneio internacional Fita Azul, encerrou o Brasileiro com a quinta melhor campanha, sendo eliminado pelo campeão daquele ano, o Palmeiras.
Apesar de não poder ser considerada tão vitoriosa quanto a geração de outrora, indiscutivelmente o Coritiba vive um momento especial no Campeonato Brasileiro 2013. Única equipe invicta, e atual vice-líder, o Alviverde tem na partida de domingo a oportunidade de retornar à ponta da tabela. Mas apesar de todos os ingredientes criarem uma atmosfera favorável ao Coxa, o Atletiba é uma competição à parte. “É uma semana diferente, com tensão e uma cobrança a mais do torcedor. Principalmente neste momento importante do Brasileiro, onde a gente quer dar sequência e eles saírem da zona de rebaixamento. O grupo vem conquistando os resultados e é muito importante a invencibilidade que a gente tenta manter dentro do campeonato”, analisa o lateral-direito Victor Ferraz.