A cara do profe

Sandro Forner já tem na mente o tipo de time do Coritiba que quer colocar em campo

Na base, Sandro Forner já implementava as metodologias que, agora, quer utilizar no profissional do Coritiba. Foto: Divulgação/Coritiba

Ainda sem ter todas as peças do elenco definidas, o técnico do Coritiba já sabe exatamente como vai trabalhar com os jogadores para 2018. Independentemente do esquema do jogo, Sandro Forner tem uma metodologia de trabalho bem definida e foi com ela que chegou até o profissional do Verdão.

O treinador resumiu seu método de trabalho em três partes. “Tem uma coisa que é a estrutura do time, se eu jogo no 3-5-2, se jogo com dois volantes, isso é a estrutura do time. Aí, a outra coisa é a parte comportamental do time, que é como você joga, como o time se comporta em campo. E tem a parte de estratégia para o jogo. Então não vou mudar a cada jogo. Posso ir de 4-3-3 e fui para um 5-3-2 para defender, 3-5-2 para atacar, mas o comportamento do time não muda”, disse ele, em entrevista ao site Coxanautas.

Comportamento

Em um momento de reestruturação de elenco e comissão técnica, Forner atenta para a importância de se criar um comportamento e a partir deles as coisas começam a fluir. Ele compara a montagem de um time e o desenvolvimento da personalidade do grupo com uma dieta.

“Você não faz um time de uma hora para outra. Se você quer mudar um comportamento, por exemplo, você é gordo e aí você quer parar de comer. Você não muda isso porque hoje vou comer só salada, vou parar de comer… Você demanda um tempo, você precisa mudar a sua mentalidade”, explicou.

“O futebol não é diferente, se trata do ser humano. Tem um grupo para gerir, se tem que fazer um time, tem que deixar todo mundo sabendo o que vai fazer”, completou o técnico.

Coletividade

Toda a metodologia do comandante coxa-branca gira em torno do coletivo. Quando fala em comportamento, ele deixa claro que é o comportamento do grupo. As individualidades irão se estacar conforme as oportunidades dentro de campo.

“Individualmente vai aparecer (um atleta), a gente pode criar situações para que o jogador tenha em determinado momento o poder de fazer alguma coisa”, afirmou.

Para se chegar a um time ideal é necessário passar pelos processos de amadurecimento desse elenco, e isso começa na procura pelos jogadores. “Vou montar, vou treinar, trabalhar por fases. Dificilmente a gente vai ter um time maduro (no começo do Campeonato Paranaense)”, justificou o treinador.

Sandro também comentou sobre sua postura na beira do gramado. Cada técnico tem suas características, alguns são mais participativos outros nem tanto e o comandante do Verdão acredita que se um trabalho é bem feito nos treinamentos, as interferências dele serão mínimas.

“Se eu treinei, se eu fiz, logicamente vou dar uma instrução pontual, mas se você tem um time treinado…”, concluiu ele, que também deixou clara a importância de nos treinamentos fazer com que o grupo entenda o que foi passado para conseguir executar em campo.