Muito antes de imaginar que comandaria o Coritiba na reta final de Campeonato Brasileiro, o técnico Péricles Chamusca já estava de olho no clube. Como um pesquisador da bola, como se define, o treinador acompanhou toda a irregular campanha alviverde na competição. Com as informações colhidas neste período, tem conseguido, aos poucos, resgatar a qualidade de jogo do Coxa.
Segundo Chamusca, a paralisação do campeonato, para que acontecesse a Copa das Confederações, prejudicou o Coritiba. ‘Uma avaliação que fiz do campeonato, quando estava de fora, observando como um pesquisador, foi uma diferença muito grande entre antes da Copa das Confederações para o que aconteceu depois. No início da competição, quem estava mais organizado teve supremacia, pois todos os times estavam se achando ainda. Essa continuidade ia depender da manutenção, justamente quando começaram a vir os problemas que criaram a irregularidade de resultados’, declarou o treinador.
A queda de rendimento do Coritiba teve início no período pós-Copa das Confederações. Mais especificamente, a partir do momento em que o calendário passou a ter uma alta sequência de partidas e, por consequência, maior exigência física por parte dos atletas. Na época, em virtude do alto desgaste e também de lesões traumáticas, o departamento médico do clube chegou a ter mais de 10 hóspedes de uma só vez. Para alívio de Péricles Chamusca, e do próprio elenco, o panorama nesta reta final de competição é outro. ‘O atleta voltava do departamento médico e tinha que ser utilizado direto, porque não havia opções. A gente está fazendo a transição departamento médico para o jogo dentro da normalidade, seguindo os protocolos de treinamento, e isso vai deixando o grupo mais forte, com mais opções para trabalhar’, comemora.
Com força máxima, e maior tempo de trabalho e recuperação dos jogadores, o retorno do bom futebol foi imediato. “A confiança também voltou natural’, destaca Chamusca.
