Quase 40 anos depois, o Coritiba é tricampeão paranaense. Uma marca histórica, que foi muito comemorada também por conta dos ares dramáticos que a decisão criou. Em um jogo sofrido, com muitos erros e poucos chutes a gol, o Coxa se viu envolvido em muitos momentos pelo Atlético e não teve uma boa atuação. Com o 0 x 0 no placar, a disputa do título foi para os pênaltis.

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Aí o Alviverde foi superior. Não perdeu nenhuma cobrança e Vanderlei defendeu o chute de Guerrón. Coube a Éverton Ribeiro fazer a última cobrança e o meio-campista deu ainda mais emoção ao título. O chute bateu na trave direita e morreu nas redes do lado esquerdo, antes dos jogadores saírem correndo em direção à torcida.

Antes de a bola rolar, o técnico Juan Carrasco surpreendeu mais uma vez e escalou o Atlético de maneira mais defensiva, e com suas tradicionais improvisações. Porém, desta vez as invenções foram precisas. Foi o Rubro-Negro quem começou mais em cima, criando as melhores chances e sufocando o Coritiba, que não tinha espaços para ligar o ataque.

Passados os 15 minutos de tensão, o Alviverde conseguiu abrir espaços na forte marcação atleticana e passou a assustar o goleiro Rodolfo, equilibrando o clássico. Aos 18, Tcheco cobrou escanteio e Emerson cabeceou, tirando tinta da trave. Ainda assim, os donos da casa encontravam muitas dificuldades, errando passes na intermediária com frequência. Só que o Furacão não fazia valer o fato de se manter a maior parte do tempo no ataque, apesar de ter a maior posse de bola, principalmente com Guerrón pelo lado direito.

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No segundo tempo, os dois times voltaram com os ânimos acirrados. Nervosos em campo, os jogadores entravam duramente nos adversários, deixando o jogo mais pegado, mas também mais movimentado. As duas equipes passaram a explorar mais a velocidade e abriam espaços para o rival puxar o contra-ataque. Foi aí que Vanderlei e Rodolfo trabalharam. Primeiro, o camisa 1 coxa-branca teve que sair da área para chutar a bola pra fora, em corrida de Guerrón. Depois, Rodolfo segurou firme o chute de Rafinha.

Com o passar do tempo, o Coxa passou a apostar na bola aérea, uma de suas principais armas na temporada. Éverton Costa, que entrou no intervalo do jogo, era o ponto de referência dos cobradores.

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Nos últimos minutos, o receio por sofrer um gol recuou os dois lados, que pareciam conformados com a disputa de pênaltis. O Coritiba ainda se mostrava um pouco mais ofensivo, embora sem criatividade. Já o Atlético pouco ameaçou. Principal válvula de escape na primeira etapa, Guerrón sumiu na etapa final, o que, consequentemente, diminuiu o ímpeto ofensivo do time.

E foi o que aconteceu. As penalidades é que definiram o campeão paranaense 2012. Foi aí que apareceu Vanderlei. O goleiro defendeu o chute de Guerrón, enquanto o Alviverde não desperdiçou nenhuma penalidade e, com os 5 x 4 no placar, conquistou o seu 36.º Estadual.

Confira aqui a galeria com imagens da conquista.