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Matheus Cunha, a promessa da seleção que o Coritiba desperdiçou

Matheus Cunha foi revelado pelo Coxa, mas não atuou no time profissional. Foto: Divulgação/Coritiba

Matheus Cunha foi o nome da classificação da seleção brasileira para a Olimpíada de Tóquio 2020. Para a maioria dos brasileiros, o chute em cima do zagueiro argentino batido dentro do gol foi uma espécie de boas-vindas do promissor atacante de apenas 20 anos.

“Eu estava tranquilo, mas o chute em cima do zagueiro não foi proposital. Muita gente brincou sobre isso”, explicou Matheus Cunha ao Sportv.

Paraibano de João Pessoa, Matheus Cunha chegou ao Coritiba aos 14 anos para morar no alojamento do clube. O mais curioso é que na base ele não era centroavante e atuava como meia ou atacante pelos lados. Mas sempre foi o destaque da geração e chamava a atenção pela inteligência e desenvoltura tanto dentro como fora de campo. Não à toa, já fala cinco idiomas.

Em 2017, ele foi negociado com o Sion, da Suíça, antes mesmo de jogar pelo time profissional do Coxa. O atacante teve 85% dos direitos econômicos vendidos por R$ 700 mil. A transação foi efetuada para o Alviverde comprar os direitos de Matheus Galdezani. Em 2018, o Coritiba vendeu os 15% restantes por 1,2 milhão de euros.

Matheus Cunha foi o artilheiro do Pré-Olímpico, sendo decisivo no duelo contra a Argentina, que garantiu o Brasil em Tóquio. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Na sua primeira temporada pelo Sion, Matheus Cunha marcou dez gols em 33 jogos e logo foi comprado pelo Red Bull Leipzig, da Alemanha, por 16 milhões de euros. Lá, o centroavante fez 72 jogos e marcou 18 gols. O mais bonito deles foi indicado ao Prêmio Puskas.

Com a disputa por posição com Timo Werner, da seleção da Alemanha, o atacante aceitou a proposta do Hertha Berlim. Ele foi comprado por 20 milhões de euros. O atleta foi um pedido do técnico Jürgen Klinsmann, que acabou sendo demitido do clube nesta terça-feira (11).

“Essa foi a transação que eu menos participei. Estava focado no Pré-Olímpico. Mas eu tenho muita vontade de jogar no Brasil. É uma vivência diferente, uma pressão diferente que acaba sendo boa para a carreira do jogador”, revelou Cunha.

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