Marquinhos quer dar nó tático em Ney Franco

O jogo contra o São Paulo, no próximo domingo, no Couto Pereira, marcará o reencontro do técnico Ney Franco com o Coritiba. Mais do que isso, será um duelo entre mestre e discípulo. Depois de vários anos trabalhando juntos, pela primeira vez Ney e Marquinhos Santos, atual técnico coxa-branca, estarão frente a frente.

Os dois foram companheiros de trabalho no Alviverde, entre 2009 e 2010, e também nas categorias de base da Seleção Brasileira, entre 2011 e 2012. Agora, Marquinhos Santos colocará em prática aquilo que aprendeu justamente diante de quem o ensinou. “Nunca escondi que o Ney é minha referência. É o profissional que eu trabalhei mais tempo e temos um perfil parecido, com característica ofensiva. Será um embate importante e prazeroso”, declara.

Com um conhecendo o jeito do outro trabalhar, quem sairá em vantagem quando a bola rolar? Marquinhos não tem dúvidas de que o treinador do clube paulista o conhece melhor, e acredita que isso se deve muito às conversas que tiveram, principalmente no período da Seleção. “Nós nos conhecemos bem, mas acho que, hoje, ele me conhece um pouco mais do que eu a ele. Até por declarações que dei, porque sempre conversávamos e trocávamos experiências. Porém, algumas situações o treinador sempre guarda pra si”, afirma Marquinhos Santos.

A arma do técnico do Coritiba é que quando trabalhou com Ney Franco, era ele quem observava a postura das equipes no gramado e repassava as informações para o superior conhecer os pontos fracos do rival. “Realmente havia essa situação, tanto no Coritiba quanto na Seleção. Tínhamos essa liberdade, essa troca de informações”, admitiu.

Além disso, boa parte do elenco atual do Coxa conhece o técnico adversário. O goleiro Vanderlei, os zagueiros Pereira e Demerson, o volante Willian e o meio-campo Rafinha já faziam parte do grupo em 2009 e 2010. Porém, para o camisa 1, o conhecimento entre os dois lados não deve se refletir na partida. “Ele até conhece o clube, assim como o Alexandre Lopes (preparador físico) e o Éder Paixão (auxiliar), que estavam aqui até pouco tempo. Mas a gente também tem informações do São Paulo. Não acredito que isto vá influenciar muito”, avaliou.

A única certeza é que os dois times devem apresentar um futebol aberto, em busca de gols e, consequentemente, da vitória. “Tem tudo para ser um grande jogo. É um momento onde temos que ter concentração total e estamos preparados para desenvolver nosso futebol ofensivo. Vamos para cima do São Paulo”, completa Marquinhos Santos.