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Marlos tem convite pra jogar na seleção da Ucrânia e sonha em defender o Atlético

Marlos comemora um de seus gols pelo Shakhtar Donetsk. Ele foi escolhido pela torcida o melhor do time no ano passado. Foto: Arquivo

Aquele jovem camisa 8 do Coritiba pode estar, em breve, vestindo a camisa amarela. Do Brasil? Não, da Ucrânia. Eleito por atletas, técnicos e jornalistas o melhor jogador do futebol ucraniano no ano passado, o meia Marlos pode se naturalizar para jogar no país onde fixou residência desde 2012.

As sondagens começaram com dirigentes da federação local, e agora chegaram ao técnico da seleção da Ucrânia. Que, por sinal, não é um treinador qualquer, mas sim Andriy Shevchenko, um dos maiores jogadores da história do país, e que brilhou no Dínamo de Kiev e principalmente no Milan. “Fico muito feliz em saber que ele, que é um ídolo para mim, goste do meu estilo de jogo e pense na minha naturalização”, comentou Marlos.

A decisão não é simples. Há duas questões para o armador do Shakhtar Donetsk. A primeira é pessoal. “É uma decisão muito difícil que espero ser decidida logo, por mim e minha família”. A segunda é o real sonho da infância, ser convocado para vestir outra camisa amarela, a da seleção brasileira. “Claro que penso em ser convocado, mas também sei que são muitos jogadores de qualidade. Mas a comissão técnica está de olho em todas as ligas, não à toa o Taison foi chamado mais de uma vez. Assim como jogadores que atuam na China”, disse Marlos, natural de São José dos Pinhais, revelado pelo Coxa em 2005 e hoje com 28 anos.

Marlos nos tempos de Coritiba. As boas atuações o levaram para o São Paulo. Foto: Daniel Castellano
Marlos nos tempos de Coritiba. As boas atuações o levaram para o São Paulo. Foto: Daniel Castellano

A geração de Marlos é a de Keirrison, Pedro Ken, Henrique, Tiago Real, Dirceu e Ruy. “Acompanho muito o Coritiba, na verdade todo o futebol brasileiro. Fiz amigos no Coritiba que viraram irmãos ao longo dos anos”, conta Marlos, que está no Shakthar desde 2014 – antes, defendeu apenas o Coxa, o São Paulo e o Metalist Kharkiv.

Apesar de todo o histórico, o que passa pela mente de Marlos, além da dúvida em aceitar ou não o convite para se naturalizar ucraniano, é o desejo de ainda defender o time do coração. Qual? O Atlético. “Ficaria feliz de um dia fazer parte desse clube, é um clube pelo qual tenho uma simpatia muito grande. É um clube que admiro, acho fantástica a organização e estrutura”, confessou.