Marcelo Oliveira pode ter futuro ameaçado no Coxa

Pela primeira vez, desde que assumiu o time, há um ano e meio, o técnico Marcelo Oliveira teve seu futuro no Coritiba questionado. Após a vexatória derrota por 3 x 0 para a Portuguesa, ontem, o treinador teve que responder perguntas sobre sua ascendência e relacionamento com os jogadores. Ele garantiu, no entanto, que o ambiente no vestiário é bom e que os atletas estão comprometidos. “Estou há um ano meio no Coritiba e é a primeira vez que me é feito este tipo de pergunta. Mas não vejo assim. O grupo está comprometido, eu confio neles e cabe à diretoria analisar a situação”, disse.

A forma apática como o time jogou fez com que surgissem especulações sobre uma possível saída do técnico, que estaria perdendo o comando do elenco. Marcelo Oliveira, no entanto, deixou claro que não cogita deixar o clube. “Eu não desisto jamais. Confio em mim, nos jogadores e temos condições de sair desta situação”, afirmou.

Logo após a partida, ainda no vestiário do Canindé, o presidente Vilson Ribeiro de Andrade foi reticente quando perguntado sobre o momento do time no Brasileiro e disse que a situação será discutida hoje, em uma reunião com o superintendente Felipe Ximenes e o técnico. “A situação é delicada, mas temos que ter calma. Vamos nos reunir com a comissão técnica e ver o que é melhor para o Coritiba”, disse o dirigente. Questionado sobre quais soluções serão tomadas para melhorar o rendimento da equipe, o presidente resumiu: “A primeira delas é dar confiança ao grupo”.

Falando sobre o jogo, Marcelo Oliveira disse que a expulsão de Escudero, logo no início de jogo, teve influência no resultado do jogo. “Perder um jogador aos 6 minutos influencia muito. Até aquele momento era o Coritiba que estava saindo para o jogo. Aí, num lance isolado, o Escudero teve que fazer a falta e foi expulso”, comentou.

O técnico lamentou novamente as falhas cometidas pelo time, que resultaram nos gols da Lusa. “Hoje foi uma infelicidade geral. De uma bola espirrada tomamos o segundo gol e o terceiro foi marcado de cabeça por um jogador de 1 metro e 63”, analisou. Apesar da falta de reação da equipe, ele disse que não viu falta de empenho dos jogadores. “Não vejo falta de vibração. O que acontece é que alguns falam mais e outros não”, declarou.