Deu certo?

Kléber e Henrique jogaram juntos 6 vezes, mas não rendem

Dono do pior ataque do Campeonato Brasileiro, ao lado do Vasco, com apenas 22 gols marcados, o Coritiba vem tendo nesse setor justamente o seu grande problema na competição. Nos últimos quatro jogos, a equipe balançou as redes uma única vez, na derrota por 3×1 para o Joinville e vem dependendo do seu artilheiro, o atacante Henrique Almeida, para não ter um desempenho ainda pior.

Em 14 partidas, o camisa 91 já marcou nove gols neste Brasileirão, 40,9% do total dos gols do Alviverde, mas ainda não encontrou um parceiro ideal para ele. A bola da vez, e o principal nome do elenco, é Kleber. Recuperado de lesão, o Gladiador é o homem de referência da equipe. Quando ele está em campo, Henrique acaba jogando pelo lado, mas com liberdade para aparecer dentro da área.

O problema é que os dois jogaram juntos apenas seis vezes. E os números não são dos melhores. Nestes jogos, foram duas vitórias do Coxa, um empate e três derrotas, com seis gols marcados, sendo quantro por Henrique Almeida e um por Kléber – o único dele pelo Coritiba, de pênalti contra o Flamengo -. O outro foi feito por Negueba.

Só que desde que Kléber se recuperou de uma lesão na coxa direita, a dupla perdeu a força. Nas duas últimas partidas, apenas um gol, marcado por Henrique de pênalti contra o Joinvile, no mesmo jogo em que o Gladiador desperdiçou a cobrança dele. Além disso, poucas oportunidades foram criadas e mal aproveitadas. Contra a Macaca por exemplo, quando o placar ainda estava 1×0 para os donos da casa, Henrique Almeida perdeu grande chance de marcar cara a cara com Marcelo Lomba, que fez a defesa. No contra-ataque, a Ponte fez o segundo e liquidou a partida.

Mas, apesar dos maus números neste dois jogos juntos, a dupla tem credibilidade com o técnico Ney Franco. Justamente pela forma que os dois têm de jogar, que acabam se complementando. “Os dois agradam, estão treinando bem. O Henrique e o Kléber tiveram boas oportunidades, mas a bola acabou não entrando. O Kleber tem um perfil de sair da área, trabalhar nas costas do volante, e neste momento o Henrique tem a liberdade de entrar na diagonal na área”, avaliou o treinador.

Coxa tem apenas 46% de aproveitamento diante da torcida.

Couto fará a diferença

Apesar das quatro derrotas seguidas dentro do Campeonato Brasileiro e ter voltado para a zona de rebaixamento, o Coritiba tem boas condições de sair da área de risco na próxima rodada, quando enfrenta o São Paulo, domingo, às 17h, no Couto Pereira. Com 33 pontos, o time coxa-branca trabalha com a meta de conquistar quatro vitórias nas últimas sete rodadas, chegar aos 45 pontos e permanecer na elite.

Para conseguir seu objetivo, o Alviverde terá que, principalmente, ser eficiente nas partidas dentro do Couto Pereira, o que ainda não conseguiu nesse Brasileirão. O Verdão tem o terceiro pior rendimento como mandante com apenas 46% de aproveitamento. “A má campanha do Coritiba no Campeonato Brasileiro tem relação direta com o mau desempenho em casa. A maioria das equipes que estão no meio ou em cima da tabela tem um bom índice de aproveitamento em casa e o nosso desempenho está abaixo do esperado”, frisou o técnico Ney Franco.

Nos duelos que terá pela frente ainda contra São Paulo, Figueirense, Santos e Vasco, o treinador espera fazer valer o mando de campo e consiga escapar do rebaixamento usando o fator casa. “No nosso estádio, com o nosso mando, esperamos ter a capacidade de pressionar o adversário, conseguir o resultado que procuramos, que são as quatro vitórias. A gente tem essa oportunidade e esperamos ter a competência de pontuar fora de, casa também”, finalizou.

Mês conta com 50 dias

Com o objetivo de evitar uma crise no Coritiba, o diretor executivo do clube, Maurício Andrade, tratou de explicar a declaração do técnico Ney Franco a respeito de salarios que estariam atrasados. Após a derrota do Coxa para a Ponte Preta, o treinador afirmou que a diretoria tem se empenhado para honrar os compromissos, pelo fato de que o mês passado ainda não havia sido pago. “A diretoria quitou alguns compromissos semana passada. Está como a maioria dos clubes, que entra o mês sem pagar e acerta até o dia 20, 21”, declarou ele.

No entanto, o dirigente explicou que a data de pagamento é alongada, o que faz com que o mês de trabalho do elenco alviverde tenha até 50 dias, como combinado. “É um acerto que temos com os atletas desde o começo do ano. Sentamos para conversar, deixamos clara a dificuldade vivida pelo clube e combinamos o pagamento entre o dia 20 e 30 de cada mês”, explicou Andrade, responsável pela área administrativa do clube.

O diretor de futebol do Coritiba, Valdir Barbosa, o primeiro a falar em atraso de salários, semana passada, disse que o desempenho do time não tem sido prejudicado por esse motivo. No entanto, admite que os vencimentos deste mês não foram pagos ainda, inclusive para a área administrativa. “Venceu dia 7. É uma semana de atraso só. Não são salários atrasados. Não pagamos o mês de setembro e o pagamento será feito o mais rápido possível”, explicou.

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