Jogo após jogo, escalação do Coxa ainda é um dilema

Rodada após rodada, a tônica do Coritiba no Campeonato Paranaense tem sido a inconsistência na escalação. Explica-se: passadas 16 rodadas, contando turno e returno, em apenas duas oportunidades o técnico Marquinhos Santos conseguiu levar a campo os mesmos jogadores de uma partida para outra. A situação reflete diretamente na indefinição de um esquema tático para a equipe. E os motivos são vários. Desde jogadores lesionados ou suspensos, até substituição por deficiência técnica.

Com isso, o treinador alviverde já levou o time a campo nas seguintes variações: 4-4-2, 4-2-3-1 e 3-5-2. Vítima das circunstâncias, Marquinhos Santos encontra em Alex um defensor. “Nós temos que procurar esquecer um pouco essa coisa de tática, de 4-4-2, de 4-2-3-1. Esquecer um pouco essa coisa do treinador. O treinador trabalha muito durante a semana. O Marquinhos trabalha demais. Ele dá todas as variações possíveis e imagináveis, até sobre a proposta de jogo do treinador adversário”, aponta o jogador.

Diante de tantos problemas enfrentados para definir o time titular, conseguir escalar os mesmos jogadores de uma partida para outra pode ser considerado um feito. Somente contra o Toledo, na 8.ª rodada, e no Atletiba, na 10.º rodada, é que Marquinhos Santos utilizou os mesmos atletas. Nos dois duelos, o treinador optou pelo 3-5-2. Entretanto, Alex, após a derrota para o Paraná Clube, alertou que, independentemente do esquema tático, a responsabilidade dentro de campo é dos jogadores. “O trabalho dele [Marquinhos Santos] no dia do jogo é mínimo. Dentro do campo somos nós que acertamos, nós que erramos os passes. Ele dá o contexto e nós colocamos em prática. Então ele pode ser o Cruyff [Johan Cruyff, condutor do mítico carrossel holandês de 1974 e treinador de sucesso] que o time não vai se acertar. Eu sei que existe muito questionamento em cima do Marquinhos, mas a defesa que eu sempre faço é a defesa da semana.A parte tática é importante, sim, mas a responsabilidade dentro de campo é nossa. Isso nós temos que assumir”, finalizou.