A segunda passagem do técnico Paulo César Carpegiani pelo Coritiba foi marcada por altos e baixos, além de algumas polêmicas. O treinador, que assumiu o comando do time coxa-branca na última rodada do 1º turno do Campeonato Brasileiro do ano passado, na vitória por 3×1 diante da Ponte Preta, no Couto Pereira, conseguiu evitar o rebaixamento do Verdão à Segunda Divisão. O técnico deixa o Verdão com 46% de aproveitamento. Em 32 jogos, foram apenas 12 vitórias, 9 empates e 11 derrotas.

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Carpegiani pegou o Coritiba afundado na zona de rebaixamento do Brasileirão, deu a chacoalhada que o time precisava e conseguiu uma campanha regular durante o 2º turno da competição nacional. O treinador sempre priorizou bastante colocar em campo um time seguro defensivamente. Por isso, abusou das improvisações. Sempre colocou zagueiros atuando nas laterais para reforçar o sistema de marcação e, pelo menos no Brasileirão, os resultados apareceram.

A trajetória foi marcada também por algumas polêmicas. A maioria delas por conta de declarações confusas do treinador. Uma delas mexeu até com o clima do grupo com o comandante. Após a realização do clássico Atletiba no segundo turno, na Vila Capanema, vencido pelo Atlético, o técnico foi questionado pela não utilização do atacante Kléber. Carpegiani, então, disse que o Gladiador – que voltava de lesão – optou por não atuar. Ficou, então, um clima desconfortável e o treinador, dias depois, acabou desfazendo o mal-entendido.

Também no ano passado, Carpegiani, antes mesmo do final do Brasileirão, concedeu entrevista a um portal de notícias nacional e confirmou que não renovaria seu contrato com o Coritiba para a temporada de 2017. Mais uma vez foi causado um mal-estar, desta vez entre o treinador e a diretoria. O comandante revelou que não gostava de disputar campeonatos estaduais, mas mesmo assim os cartolas alviverdes decidiram pela renovação do contrato do técnico.

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Neste ano, Paulo César Carpegiani participou da montagem do elenco do Coritiba, mas os resultados não foram os esperados. A eliminação recente para o ASA da Copa do Brasil escancarou a fragilidade do grupo formado pelo Verdão, mas também da falta de organização tática da equipe. O treinador, então, em mais uma declaração confusa concedida à imprensa, afirmou que não contava com seus melhores atletas e por isso as dificuldades estavam aparecendo neste início de ano.

O grande problema do Coritiba neste início de temporada foi no setor de criação. Mesmo com opções escassas, Carpegiani sempre buscou rechear o time de atacantes. Porém, a falta de criatividade acabou comprometendo todo o sistema ofensivo da equipe. Não a toa, a equipe coxa-branca conseguiu marcar apenas quatro gols em seis jogos disputados em duelos pelo Campeonato Paranaense e pela Copa do Brasil. Agora, finalmente, o time terá os meias Daniel e Anderson. Porém, tarde demais para o treinador.

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