Explicações

Em reunião do conselho, diretoria do Coritiba fala sobre Louzer, reforços e grana

Samir Namur admitiu que situação financeira do Coxa é complicada, enquanto Pastana revelou que Fabiano Soares era plano B para assumir o comando da equipe. Foto: Felipe Rosa

O Conselho Deliberativo do Coritiba se encontrou na última segunda-feira (25) para a tradicional reunião mensal para debater algumas questões do clube. O presidente Samir Namur e o executivo de futebol Rodrigo Pastana estiveram com os conselheiros e tentaram explicar o momento atual do Verdão.

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Em uma conversa informal e com ânimos calmos, mesmo após o vice da Taça Barcímio Sicupira Júnior dentro do Couto Pereira, após derrota para o Toledo, nos pênaltis, no dia anterior, dirigentes falaram que vão buscar quatro reforços. Dois deles são um volante mais técnico e um atacante de lado, com chegada prevista para março. As outras opções ainda serão avaliadas.

Essa avaliação também passa pelo novo técnico, Umberto Louzer, que vai observar o elenco do dia a dia, trabalhar com os atletas e detectar carências do grupo. Pastana explicou aos conselheiros a sua escolha, assim como tinha feito na entrevista coletiva no domingo (24), por ser um nome com pouca experiência e que tinha certeza do sucesso em sua aposta. Ele ainda falou que Thiago Larghi, ex-técnico do Atlético-MG, não recebeu proposta e que a outra alternativa para comandaro o time era Fabiano Soares, ex-Athletico.

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Questionada sobre salários atrasados, a diretoria informou que pagou os funcionários que tinham débitos e que todo o departamento de futebol está em dia com seus recebimentos. Por outro lado, o Coxa se mostra preocupado em relação aos próximos meses, que terão dificuldades no fluxo de caixa.

Técnico do Athletico em 2017, Fabiano Soares foi cogitado por Pastana para comandar o Coritiba. Foto: Albari Rosa
Técnico do Athletico em 2017, Fabiano Soares foi cogitado por Pastana para comandar o Coritiba. Foto: Albari Rosa

A eliminação precoce na primeira fase da Copa do Brasil para a URT não estava nos planos da diretoria, que apostava em chegar, no mínimo, até a terceira fase da competição. A Caixa Econômica Federal não pagou a última parcela do patrocínio de 2018, de R$ 900 mil, e não deu garantias de que irá fazê-la a curto prazo.

Outra questão ainda indefinida é a cota de televisão, já que o Coritiba não fechou com a Globo até agora e tenta, ao lado de Vitória e Sport, aumentar sua verba. O valor dos demais clubes deve ficar entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões. O contrato com o Esporte Interativo, válido até 2024, só entra em vigor se estiver na Série A. Aqui também entra a ação do atacante Rildo, que penhorou as verbas de TV e da CBF, e o departamento jurídico tenta reverter a causa.

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Existe uma esperança de negociar atletas e atingir a meta de R$ 10 milhões, mas nenhuma grande transação evoluiu e apenas o atacante Guilherme Parede foi emprestado ao Internacional, que ainda comprou 25% dos direitos econômicos do jogador por R$ 1,5 milhão. A outra expectativa é de que Matheus Cunha, do RB Leipzig, da Alemanha, possa ser vendido na janela do meio do ano e, assim, o Verdão acabe recebendo uma verba pelo mecanismo de solidariedade da Fifa, como aconteceu na venda da promessa do Sion, da Suíça, para o time alemão, por aproximadamente R$ 5 milhões em 2018.

De resto, a conversa entre o conselho e a diretoria foi mais de sugestões, sem soluções concretas, e bate-papo jogado fora. Ao fim da reunião, os diretores do Coxa ainda saíram aplaudidos.

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