Em junho, Coritiba ainda não sabe o que é vencer

A crise parece estar rondando o Coritiba. Além de ter perdido o título da Copa do Brasil pelo segundo ano consecutivo, e já ter passado pela zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, o Coxa tem somado números negativos neste mês de julho. O primeiro deles é a falta de vitórias. Há sete partidas que o Alviverde não sente o gostinho de ganhar do adversário. A vitória mais recente foi no dia 20 de junho, quando derrotou o São Paulo por 2 x 0 e se classificou para a final da Copa do Brasil. De lá pra cá, conquistou apenas três empates e quatro derrotas.

Trata-se de uma sequência que não acontecia desde 2009. Na ocasião, o Coritiba amargou um jejum de oito jogos sem vencer, com três empates e cinco derrotas (quatro consecutivas) entre Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana. Desde então, a pior série havia sido de quatro confrontos, justamente este ano entre as finais do Paranaense, Copa do Brasil e Brasileirão – dois empates contra o Atlético, empate com o Vitória e derrota para o Internacional.

Curiosamente, a fase negra em 2009 também teve início no meio do ano. Começou no dia 18 de julho, em um empate por 0 x 0 no clássico contra o Atlético e só terminou em 16 de agosto, quando a equipe venceu o Fluminense por 3 x 1, no Maracanã, na estreia de Ney Franco no comando técnico, que substituiu René Simões, o qual esteve em sete, dos oito tropeços consecutivos.

Para piorar, o Coritiba só está fora da zona do rebaixamento pelos critérios de desempate, estando à frente da Portuguesa pelo saldo de gols (-6 a -8) e do Figueirense pelo número de vitórias (2 a 1). Só que a defesa coxa-branca é a mais vazada da competição, com 21 gols sofridos, tendo passado intacta em apenas duas partidas.

Agora, pela frente, o Coxa terá duas partidas fora de casa, contra Bahia e Náutico, adversários que, na teoria, devem brigar contra o rebaixamento. É oportunidade para o Alviverde iniciar uma recuperação. Porém, como visitante, o time somou apenas um ponto em 15 disputados. Depois, virão duas partidas seguidas contra o Grêmio – uma pelo Campeonato Brasileiro, no Couto Pereira, e outra pela Sul-Americana, no Olímpico. Ou seja, o Coritiba tem mais quatro oportunidades para vencer e não terminar julho sem saber o que é somar três pontos.