Embora o secretário estadual da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, tenha afirmado que 700 policiais participaram da segurança da partida entre Coritiba e Fluminense, em 6 de dezembro, no Estádio Couto Pereira, documento interno da Polícia Militar mostra que o efetivo era bem menor.
O Paraná Online teve acesso ao relatório de serviço original elaborado no mesmo dia 6 pelo 12.º Batalhão da PM unidade responsável pelo policiamento na região do Couto Pereira. O documento revela que 206 policiais militares foram destacados para a partida contando-se policiamento dentro e fora do estádio.
Deste efetivo, 106 pertenciam ao 12.º BPM; 42, à Companhia de Choque; 20, ao Batalhão de Polícia de Trânsito; 20, ao Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças; 11, à Academia Policial Militar do Guatupê; e 7, ao 20.º BPM. Os policiais estavam dispostos em 45 viaturas (21 carros, 21 motos e três micro-ônibus). Dentro do efetivo havia 13 oficiais (tenentes ou patentes superiores).
Feridos
Consta no relatório o nome de 12 policiais feridos durante o confronto com torcedores e das cinco pessoas detidas no dia do jogo por desacato, porte de droga, por promover tumulto ou arremesso de explosivo. Também são relatados os danos em duas viaturas, uma com vidro traseiro quebrado e outra com capô amassado e farol quebrado.
O relatório classifica ainda as condições de segurança no estádio de “insuficientes” por causa da invasão de campo e distúrbios no gramado. No jogo entre Atlético e Botafogo, uma semana antes, na Arena, 200 policiais militares foram destacados para fazer a segurança. A partida também era considerada de risco, por ser decisiva para as pretensões dos dois times embora não houvesse risco de rebaixamento imediato.