Revolução Alviverde

Do Coxa que fez bonito em 2011 e 2012, não sobrou ninguém

O Coritiba teve o seu nome fortalecido mundialmente em 2011, quando alcançou a impressionante marca de 24 vitórias seguidas. O certificado do Guinness World Records foi resultado de reflexo de um trabalho criterioso na montagem de seu elenco, com poucas variações ao longo de três temporadas consecutivas. Hoje, a regra já não se aplica. A ponto, por exemplo, de o Verdão já não contar com mais nenhum remanescente das equipes que disputaram os títulos da Copa do Brasil de 2011 e 2012, últimas finais de grande expressão do clube.

O processo de “desmanche” se confirmou com as saídas recentes de Vanderlei, que foi para o Santos, e Anderson Aquino, emprestado ao Santa Cruz. O Coritiba, diante de algumas indefinições – como a possível transferência de Leandro Almeida (ver página 16) – poderá entrar em campo no sábado (às 17h, no Erick Georg, em Rolândia) com apenas dois remanescentes do time que encarou o Bahia, na última rodada do Brasileirão: o zagueiro Luccas Claro e o lateral-esquerdo Carlinhos. Uma transformação quase que completa na estrutura do time.

Considerando-se o grupo completo à disposição do técnico Marquinhos Santos, menos da metade esteve presente na disputa da Série A: 12, de um total de 25 jogadores. Na semana passada, Marquinhos Santos, nas entrelinhas, demonstrou preocupação com as saídas de titulares absolutos e líderes em potencial, como Vanderlei e Leandro Almeida. A comissão técnica, diante do atual cenário, terá não apenas que reconstruir a equipe como também buscar novas lideranças e um capitão para ser a sua voz dentro das quatro linhas.

Uma transição no mínimo contundente. Usando como parâmetro a temporada passada, por exemplo, o Coritiba abriu 2014 com seis remanescentes do time que disputou a última rodada do Brasileiro, frente ao São Paulo. Mesmo assim – e tendo dado tempo de recuperação e preparação ao grupo -, a campanha no Paranaense foi ruim e o desenrolar da história o torcedor coxa-branca não se esquece: drama no Brasileiro e um risco constante de rebaixamento, só deixado para trás na penúltima rodada. Agora, a missão de Marquinhos será, teoricamente, ainda mais árdua. Montar um time competitivo com pouco potencial de investimento e sem a marca do craque Alex.

Nacional

O Nacional de Rolândia aposta no entrosamento e na preparação física para estrear no Paranaense diante do Coritiba. Segundo o técnico Rafael Andrade, o NAC tem uma pequena vantagem por ter iniciado antes que o adversário a preparação para a competição. “(O Coritiba) É uma equipe que também está em formação e está atrasada em relação ao Nacional, o que é normal, já que o Coxa tem um calendário bem maior. É uma equipe que tem de ser respeitada, mas não temida aqui em nossa casa”, afirmou o treinador, apostando na força do Erich Georg. Andrade vem utilizando os períodos de treinamentos para aprimorar a parte tática da equipe. Desde que iniciou os trabalhos, ainda em dezembro, o Nacional disputou três amistosos. Perdeu do Maringá por 1×0, e venceu o Prudentópolis por 2×1 e o PSTC por 3×0.