Tá suavão!

Crise política no Coritiba não atrapalhou diretoria

Possível impeachment de Samir Namur criou um clima de insegurança no clube. Foto: Albari Rosa.

O momento político conturbado vivido pelo Coritiba no final do ano passado quase comprometeu o planejamento do futebol traçado pelo presidente Samir Namur e pelo restante da diretoria. No entanto, a possível realização de uma assembleia extraordinária com os sócios para a votação da destituição do atual mandatário acabou não atrapalhando muito os planos do clube na busca da composição do departamento de futebol e de novas contratações.

Na verdade, a contratação do executivo de futebol do Coritiba, Rodrigo Pastana, foi a que mais correu risco de não acontecer. O profissional tinha propostas de outros clubes e a insegurança política criada com o pedido de impeachment do presidente Samir Namur postergou o acerto do dirigente com o Verdão. O mandatário, porém, minimizou os prejuízos causados por conta desse ambiente de instabilidade nos bastidores do clube.

+ Leia mais: Torcedores do Athletico fazem vaquinha para ajudar ídolo do Coritiba

“Não modificou muito. Esses fatos aconteceram no final de novembro, início de dezembro, quando o planejamento se iniciava. Se atrapalhou foi em uma ou outra negociação. Muito pouco. O que atrapalha é a insegurança dos profissionais. O Pastana não tinha só a proposta do Coritiba, mas de outros dois clubes da Série B com o mesmo salário que receberia aqui. Claro que ele queria o Coritiba, mora na cidade, gosta, mas mexe com a cabeça do profissional. Gerou certa insegurança, mas se resolveu logo. O prejuízo foi pequeno, quase nenhum e não acarretou nada de grave”, garantiu Namur.

Diante da campanha ruim na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, a diretoria do Coritiba foi bastante pressionada pelos sócios e especialmente pelos conselheiros. Houve uma comoção para a realização de uma assembleia de sócios para votar a saída do presidente Samir Namur. No entanto, a comissão legislativa do Conselho Deliberativo acabou arquivando o pedido e o mandatário seguiu no comando do clube.

+ Vai e vem: Confira TODAS as notícias sobre o mercado da bola!

Muito também por conta da participação do ex-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade. O ex-dirigente foi determinante para que o pedido fosse arquivado e a atual diretoria seguisse com seu planejamento. Não que Andrade estivesse satisfeito com a situação do clube, mas por acreditar que o momento é de união de todos os coxas-brancas para conseguir dias melhores e recolocar o Verdão de novo na primeira divisão.

“Foi um final de ano conturbado na parte política. Todo mundo viu o que aconteceu, as articulações nos bastidores e o Vilson exerceu um papel importante nisso. Ajudou. Não ajudou o Samir, a minha pessoa, pois nunca tive uma relação próxima de amizade, mas de muito respeito. Ajudou a instituição. Essa preocupação dele com o clube resultou na aproximação com o clube, mas não a ponto de exercer um cargo, mas que ele ajudasse de alguma forma”, reforçou Namur.

Vilson Ribeiro de Andrade, na verdade, está ajudando a diretoria do Coritiba com a experiência que já teve por muitos anos a frente do clube e também na união de empresários coxas-brancas para trazer novas receitas. Isto porque o ano será difícil e a cúpula alviverde terá que trabalhar com metade do orçamento que teve em 2018, por exemplo. Desafios que somente com a união de todos poderão ser superados em prol de um Coxa mais forte em 2019.

+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do Trio de Ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!