A reunião do Conselho Deliberativo do Coritiba ontem tinha tudo para pegar fogo. O assunto principal era as conversas de WhatsApp que vazaram para o público e chacoalham os bastidores do Coxa desde a última sexta-feira. Fora do Couto Pereira, cerca de 50 torcedores faziam pressão para que os vice-presidentes André Macias e Pierre Boulos, que estavam nestas conversas, pedissem renúncia. Porém, o encontro acabou sendo muito mais tranquilo do que se esperava.

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Pouco antes, os dois dirigentes acabaram pedindo licença dos cargos no clube e a reunião esfriou.

A bomba explodiu na semana passada e o presidente Rogério Bacellar demitiu dois funcionários que também estavam envolvidos com as mensagens, o coordenador de comunicação Adriano Rattmann e o gerente de patrimônio Christian Gaziri, que também é conselheiro vitalício do clube. Domingo, o presidente alviverde, que é um dos criticados nas mensagens do grupo “Indomáveis FC”, chegou a declarar que, se Macias e Boulos fossem funcionários do clube, estariam demitidos. Ao saber da decisão de Macias, que seria o líder do grupo, Bacellar publicou uma nota oficial no site do Coritiba.

“Vejo a atitude do vice-presidente Macias como honrosa, de um homem, de um grande coxa-branca. Como presidente, cobrei esclarecimentos, como vice-presidente ele mostrou seu envolvimento buscando o melhor para o Coritiba. Serão levantados e avaliados os fatos”, afirmou o cartola.

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Guerra

Um dos principais alvos do grupo “Indomáveis FC”, o ex-vice presidente do Coritiba, Ricardo Guerra, nega que seja alvo de uma sindicância aberta no clube que o acusa de vazamento de informações confidenciais para a imprensa, como foi dito pelo atual vice André Macias. “A sindicância existe, mas eu não sou alvo dela, de jeito nenhum. Foi uma informação errada que afeta a minha imagem. Em nenhum momento tenho envolvimento com essa situação”, garantiu Guerra. “O que existe é um processo dentro do Conselho Administrativo para saber como as informações de nossas reuniões aparecem na imprensa tão rápido”, assegurou Bacellar ao site Coxanautas.

Macias: “quero um processo”.

Macias e Boulos pedem apuração

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Na carta de renúncia também publicada no site do Coritiba, Macias afirmou que pretende ver todas as denúncias apuradas pelo Conselho de Ética. “Quero dar liberdade total para que sejam apuradas todas as questões. E eu mesmo quero provocar o Conselho de Ética do clube para que seja aberto um processo sobre o assunto”, declarou o vice-presidente agora licenciado.

Em sua defesa, Macias diz que vai acionar a Justiça para responsabilizar o integrante do grupo Indomáveis FC que vazou as conversas. “Um grupo de WhatsApp é um grupo entre amigos com a garantia constitucional da intimidade e da privacidade”, reforçou. Boulos, por sua vez, cogita até se afastar de vez do Alviverde. “Estou muito decepcionado e quero pensar com calma depois de tudo isso”, disse à reportagem.

Boulos: “muito decepcionado”.

Sozinhos

A saída temporária da dupla deixa o presidente Bacellar e o vice Gilberto Griebeler como os únicos membros do G5 eleito ano passado. Antes, os também vices Ernesto Pedroso e Ricardo Guerra, além do diretor João Paulo Medina, renunciaram por discordâncias sobre a gestão. (AP e ELK)

Grana

Outro assunto da reunião de ontem era os R$ 200 mil doados pelo clube para a campanha de Ricardo Gomyde na eleição para a presidência ,da Federação Paranaense de Futebol (FPF), em março. Porém, o Conselho Deliberativo optou por encerrar o encontro de ontem e convocou uma reunião extraordinária para quinta-feira, para debater este assunto.

Limpeza! Leia o que Massa tem a falar sobre a situação do Coxa!