Coxa se prepara para pegar o Sport em Recife

Sem rodada do Campeonato Brasileiro neste meio de semana, o técnico Marquinhos Santos tem a primeira oportunidade, desde que assumiu o comando do Coritiba, em 7 de setembro, de ter uma semana cheia para treinar o Coxa. O período, aliás, caiu como uma luva. No próximo domingo, o Coxa encara o Sport Recife, às 18h30, na Ilha do Retiro, onde a temperatura, mesmo para uma partida no começo da noite, tende a ser alta. Por isso, o calor que tem sido registrado na capital paranaense, com a máxima passando de 30 graus, ajuda na adaptação do elenco ao clima nordestino. “Temos que ter controle total dos treinamentos e do descanso que vamos dar para os atletas. Principalmente nesta semana, em que viajaremos para um local onde a temperatura é muito elevada. Então todos estes cuidados temos que calcular, para não passarmos dos limites”, explicou o preparador físico Glydiston Ananias.

Ou seja, mais que treinar formação tática, jogadas ensaiadas e posicionamento, a semana livre de partidas será utilizada para poupar e recuperar os atletas, preparando-os para uma maratona de “jogos de seis pontos” que virão pela frente. Nas próximas quatro rodadas, o Coxa enfrenta Sport Recife, São Paulo, Ponte Preta, Palmeiras e Bahia. “Temos que ter este equilíbrio. Os atletas já estão em atividade desde janeiro e muitos deles estão com uma sobrecarga de treinamentos e jogos. Então o que procuramos fazer é um trabalho de manutenção, batendo papo”, acrescentou Glydiston.

Trata-se de uma atividade que não é muito bem vista pelos próprios jogadores, já que a grande maioria gosta da maratona de jogos. Porém, até mesmo estes admitem que a sequência de partidas está prejudicando o desempenho coxa-branca. “Não tem muito o que fazer nesta reta final de campeonato. A sequência de jogos é muito grande e isto atrapalha um pouco. Tem jogador que não gosta de jogar muito, mas eu prefiro jogar ao invés de treinar. Já técnico prefere treinar. Mas sempre acontecem as lesões e isto prejudica bastante”, ressaltou o meio-campo Robinho.

De fato, as lesões são o que mais preocupa a comissão técnica do Coritiba. No momento, nove jogadores se encontram entregues ao departamento médico, que nesta temporada não costumou ficar muito vazio. Algo que, para todos no clube, se reflete dentro de campo. “Até conversamos em reunião que este ano tem sido atípico até nas lesões. Isto é consequência da sobrecarga de jogos, de treinamentos e de viagens. Com certeza, isso se reflete dentro de campo”, completou o preparador físico.