Amanhã, o Coritiba inicia uma sequência de jogos contra o Grêmio. Primeiro, no Couto Pereira, pelo Campeonato Brasileiro. Depois, na terça-feira, no Olímpico, pela Copa Sul-Americana – competição que o Coxa volta a disputar após três anos e tenta, por um outro caminho, uma vaga na Libertadores do ano que vem. Desde 2010, o campeão da Sul-Americana garante sua participação no principal torneio continental. É uma forma de a competição ter um atrativo e não ser deixada de lado, uma vez que a premiação financeira é baixa (o campeão leva aproximadamente R$ 2,1 milhões). Só por participar, o Coritiba já garantiu R$ 215 mil.
Mas, para isto, o Alviverde terá que apagar a imagem negativa que deixou nas outras vezes em que esteve presente. Tanto em 2004 quanto em 2009, o Alviverde caiu na primeira fase que disputou, ainda nos duelos com brasileiros. Na primeira vez, foi eliminado pelo São Caetano, após perder em casa por 2 x 1 e empatar por 2 x 2 no Anacleto Campanella. Cinco anos depois, o algoz foi o Vitória, que se classificou nos pênaltis por 5 x 3, no Couto Pereira, após uma vitória por 2 x 0 para cada lado.
Porém, más campanhas de times brasileiros não são novidades na Sul-Americana. Esta é apenas a 11.ª edição do torneio, que foi criado em 2002 para ser o segundo principal torneio do continente, atrás da Libertadores. Entretanto, demorou para ser aceita pelos brasileiros, que no mesmo ano optaram em disputar a extinta Copa Mercosul e abriram mão da Sul-Americana. Tanto que a hegemonia é totalmente argentina, que já conquistou a taça cinco vezes. Até mesmo o Cienciano, do Peru; Pachuca, do México, e Universidad de Chile já foram campeões.
O único campeão brasileiro foi o Internacional, em 2008. O título colorado despertou o interesse das demais equipes e nos dois anos seguintes outros brasileiros chegaram à decisão. Em 2009, o Fluminense perdeu para a LDU, do Equador, enquanto em 2010 o Goiás foi derrotado pelo Independiente, da Argentina. Antes disso, o máximo que o país havia conseguido era uma semifinal, com o São Paulo, em 2003, o Internacional, em 2004, e o Atlético, em 2006 -até hoje a melhor campanha paranaense no torneio. Depois, Palmeiras, em 2010, e Vasco, em 2011, também chegaram às semifinais. O Paraná Clube também já esteve presente na Sul-Americana, mas, assim como o Coritiba, nunca passou da fase nacional.