Vai que é tua, Pachequinho!

Coxa dá a mesma solução para os mesmos erros de 2015

Apesar das dificuldades encontradas no ano passado, quando quase foi rebaixado à segunda divisão, o Coritiba parece não ter aprendido com os erros. O filme de 2015 está se repetindo em 2016. Com contratações equivocadas e ainda convivendo com problemas financeiros, a diretoria alviverde comprovou a falta de convicção no trabalho realizado e, depois de demitir o diretor de futebol, Valdir Barbosa, na última segunda-feira, ontem foi a vez da cúpula do Verdão confirmar a saída do técnico Gilson Kleina depois de cinco rodadas do Brasileirão e apenas quatro pontos conquistados. E Pachequinho volta a ser chamado para “salvar a pátria”.

O revés sofrido para a Chapecoense por 4×3, anteontem, na Vila Capanema, foi o último ato do técnico Gilson Kleina no comando do Verdão. A situação, conforme o próprio vice-presidente do clube, José Fernando Macedo, disse após o jogo, ficou insustentável e o treinador deixou o Coxa em comum acordo com a diretoria.

Mas a situação ruim do Coritiba dentro de campo extrapola a falta de convicção da diretoria alviverde, que poderia ter demitido Gilson Kleina juntamente com Valdir Barbosa, mas esperou um novo revés para anunciar a saída do treinador. O clube, apesar dos recursos oriundos do acerto com o Esporte Interativo, ainda está quitando alguns débitos e isso impede um investimento maior no futebol.

“Temos de pagar as contas. A torcida tem de entender que estamos formatando o Coritiba para os anos futuros. Nós não podemos é cair. Temos de lutar para manter o plantel para que ano que vem a gente possa respirar com mais dinheiro”, apontou José Fernando Macedo que, depois do duelo contra a Chapecoense, foi o porta-voz da diretoria coxa-branca.

Nomes

Alguns nomes já surgiram como especulações como prováveis substitutos do técnico Gilson Kleina no comando do Coritiba para a continuidade da disputa do Campeonato Brasileiro. O nome do técnico Claudinei Oliveira, que está comandando o Paraná Clube, foi descartado pelo cúpula do Verdão. Além de Oliveira, foram ventilados os nomes dos técnicos Fernando Diniz, vice-campeão do Paulistão pelo Audax e que está comandando o Oeste na Série B, e de Caio Júnior, que teve seu vínculo encerrado com o Al-Shabaab.

Tudo igual

No ano passado, o filme se repetiu, mas Marquinhos Santos foi demitido depois da sexta rodada, quando o Verdão havia conquistado apenas três pontos no Campeonato Brasileiro. Para o seu lugar, a diretoria alviverde apostou no retorno do técnico Ney Franco, que, durante toda a competição nacional conviveu com inúmeros problemas internos e uma crise política praticamente insustentável e foi demitido no início de novembro.

Na oportunidade, coube ao auxiliar Pachequinho, que faz parte da comissão técnica permanente do Coritiba, comandar o Verdão na reta final do Brasileirão e livrar o time coxa-branca da queda à segunda divisão. O ex-jogador e ídolo alviverde cumpriu com maestria o seu papel, garantiu o Coxa na primeira divisão e a sua permanência como técnico do clube para o ano de 2016 foi pedida por grande parte da torcida e do conselho deliberativo alviverde.

Até por isso, quando a diretoria alviverde anunciou, ainda em dezembro, a contratação do técnico Gilson Kleina, o comandante foi recebido sob os olhares desconfiados e com muita rejeição por parte da torcida coxa-branca. O trabalho durou pouco e Kleina não resistiu a sua terceira crise a frente do Verdão e acabou deixando o clube com quase seis meses de trabalho a frente do Verdão.

Ainda no ano passado, foi prometido à Pachequinho alguns estágios na Europa, mas, por ora, isso deve ficar em segundo plano, já que o auxiliar vai comandar o Coxa diante do Corinthians, neste sábado (4), às 20h30, em São Paulo e seu trabalho será observado pela cúpula alviverde. Nesta quinta (2), o CEO Maurício Andrade garantiu que ele fica até ,o final do primeiro turno. E se Pachequinho agradar, a chance de permanecer no comando do time é grande. Enquanto isso, a diretoria, sem revelar nomes, segue observando o mercado à procura de um novo comandante para a sequência da temporada. Mas é possível acreditar nos planos do Coritiba?

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