Desastroso

Coritiba vive seu pior momento na era dos pontos corridos

O Coritiba faz o seu pior início de Brasileirão na era dos pontos corridos. São apenas quatro pontos ganhos – com rendimento de 22,2% -, desempenho igual às temporadas 2009 e 2011. Porém, sem nenhuma vitória, diferente do que ocorreu em anos anteriores. Esta é a primeira vez que o Verdão chega a um jejum de seis jogos na largada da competição nacional, desde 2003, quando a CBF adotou a atual fórmula. Um quadro preocupante para um clube que ainda vive um momento de transição, visivelmente carente de reforços.

O técnico Celso Roth não esconde que para traçar objetivos maiores necessita de novas opções, em especial para o setor ofensivo. Porém, apressa-se em dizer que há qualidade no elenco para ao menos melhorar o atual desempenho. O treinador nunca vendeu ilusões e deixou claro, desde a chegada, que a meta era um campeonato “sem sustos”. Após seis jogos, o torcedor coxa-branca já está “com o cabelo em pé” e receoso com o futuro. Ainda mais diante do retrospecto recente, com o Coritiba tendo sido rebaixado duas vezes na última década.

O treinador lembra sempre que o Brasileirão é cheio de “armadilhas”, mas que nem sempre um bom início é sinal de que está tudo bem. Cita o próprio Coritiba, que no ano passado, em igual período, computou 12 pontos (66,7% de aproveitamento) e depois precisou se virar nas últimas rodadas para escapar da degola. “Tem também o Botafogo, do Oswaldo (de Oliveira), que liderou boa parte do campeonato e por pouco não ficou fora da Libertadores”, frisou o treinador. Com o discurso, tenta dar algum alento ao torcedor, acreditando que é possível conseguir ainda uma guinada, mesmo sem novas opções.

“Precisamos da primeira vitória. O time não está jogando mal e acredito que a partir de um resultado positivo, as coisas possam caminhar de forma positiva”, diz o vice-presidente de futebol Paulo Thomaz de Aquino. Sem recursos para novos investimentos, o Coritiba só deverá trazer reforços após a parada da Copa. Antes disso, apenas a questão envolvendo o atacante André Lima é tratada. O jogador depende de uma liberação vinda do futebol chinês para poder atuar. Enquanto isso não ocorre, Roth vai tentando soluções pontuais, com Zé Love, Keirrison ou Júlio César.

Como vontade não tem faltado aos jogadores – sempre elogiados pela aplicação nos treinos e jogos – fica a torcida para que ocorra uma evolução técnica no clássico, apontado por todos como “um campeonato à parte”. Na visão de Alex, a única opção para que o grupo conquiste a confiança da galera coxa é vencer o rival, amanhã. “Isso só se muda com vitória. Todos sabem que trata-se de um jogo especial. Para nós e para eles. Então, não interessa aonde é o jogo, se haverá torcida ou não. Temos que nos superar e vencer”, arrematou o craque alviverde.