Escapar do rebaixamento já virou rotina no Coritiba. Desde 2012 o clube não faz outra coisa no Campeonato Brasileiro que não seja lutar para permanecer na elite. Apesar da ameaça de voltar à Série B, o Verdão conseguiu em todos os anos escapar da degola, seja contratando peças pontuais ou mudando o comando técnico, tirando lições importantes de outras temporadas que podem ser usadas agora.
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Neste ano, o Coxa mostrou que poderia muda esse cenário. As boas atuações e a conquista de resultados expressivos fizeram o torcedor acreditar que a realidade seria brigar por algo maior. Mero engano. Vieram as atuações ruins, as oscilações e o Coritiba, atualmente, é o penúltimo colocado e afundado na zona de rebaixamento.
O que favorece o Verdão na luta contra o rebaixamento deste ano é que ainda não há uma definição dos times que, de fato, vão seguir para permanecer na primeira divisão. Há uma aproximação muito grande entre os que estão sonhando com uma vaga no G7 e com aqueles que estão na parte debaixo da classificação. Mas a reação precisa ser imediata, de preferência diante do Bahia, amanhã, às 16h, na Arena Fonte Nova.
“Teve a conversa, a cobrança de fazermos uma semana muito boa de trabalho e assim foi feito. O trabalho foi ótimo e por isso a gente vai com a certeza que pode reverter esse quadro, fazendo um grande jogo e ganhando. Está muito embolado e por isso temos todas as possibilidades de sair dessa situação”, apontou o técnico Marcelo Oliveira.
A realidade vivida pelo Coritiba neste ano parece ser um roteiro bem conhecido do torcedor das últimas temporadas. O time luta para não ser rebaixado desde 2012. Naquele ano, porém, para escapar da degola, o Verdão, mais ou menos nessa época do Brasileirão, demitiu o o próprio Marcelo Oliveira e contratou o atacante Deivid para a reta decisiva do torneio. O centroavante fez gols decisivos e ajudou o clube a escapar.
A situação no ano seguinte foi ainda mais complicada. O Coritiba não teve uma linha tênue de trabalho durante o ano, teve algumas trocas no comando técnico e conseguiu escapar somente na última rodada. Depois de demitir Péricles Chamusca, coube ao ex-jogador Tcheco conseguir livrar o Verdão da degola. Nas três últimas rodadas, o interino conseguiu um empate e duas vitórias.
Em 2014, o Coxa parece não ter aprendido com os anos anteriores e fez um péssimo Brasileirão, sobretudo no começo. A primeira vitória veio somente na nona rodada diante do Goiás, por 3×0, na Vila Capanema. O time que iniciou a temporada com o técnico Celso Roth, recorreu novamente a Marquinhos Santos para escapar do rebaixamento. No segundo turno, o Verdão fez do Couto Pereira sua principal arma e venceu jogos decisivos.
Em 2015, novamente trocas de técnicos no meio do caminho dificultaram a campanha. Após a derrota vexatória para o Operário na decisão do Campeonato Paranaense, a diretoria recorreu ao experiente técnico Ney Franco. O Coxa chegou a reagir na competição, alternou momentos bons e ruins, mas seguiu ameaçado pela degola.
Confira a classificação completa do Brasileirão!
Já na reta final do Brasileirão, coube a Pachequinho conseguir livrar do rebaixamento. Nas últimas cinco rodadas, o treinador conseguiu três vitórias, um empate e uma derrota.
A situação não mudou em 2016. Gilson Kleina foi a aposta do Verdão. O Coritiba não conseguiu o título do Paranaense e, depois de um início ruim no Brasileirão, o treinador foi demitido e Pachequinho foi chamado novamente. Desta vez, a diretoria deu um prazo ao treinador mostrar seu trabalho e resultados melhores até o final do primeiro turno.
O time coxa-branca, porém, seguiu oscilando. O clube então recorreu ao experiente técnico Paulo César Carpegiani. que conseguiu o resultado esperado e deu um novo rumo ao Verdão na competição nacional, escapando, mais uma vez, da degola.