Segue a rotina!

Coritiba tem temporada de pressão e incertezas

Clima no Couto Pereira não é dos melhores. Foto: Hedeson Alves.

Com o primeiro semestre praticamente finalizado, o Coritiba vive dias de pressão e de incertezas para a continuidade da temporada. Depois de tanto errar em 2018, a diretoria parece não ter aprendido com as duras lições tiradas e, dentro de campo, o time ainda não achou seu norte neste ano. Após os fracassos no Campeonato Paranaense e na Copa do Brasil, o Verdão ainda não engrenou na Série B do Campeonato Brasileiro e, mesmo com um time mais competitivo do que o do ano passado, não há uma garantia de que o clube vá lutar efetivamente pelo acesso à primeira divisão.

Dentro do clube, ninguém esconde que conquistar o acesso é fundamental para o futuro do clube, especialmente no que diz respeito ao aspecto financeiro. Não é segredo para ninguém que o Coritiba vive dias de dificuldades nas suas finanças e somente o retorno para a elite do futebol nacional seria capaz de recolocar a casa em ordem.
Mas para isso acontecer, o Coritiba terá que mudar muita coisa, especialmente dentro de campo. O ambiente já não é dos melhores. A diretoria parece não falar a mesma língua e essa dificuldade de achar um norte para o clube tem prejudicado o desempenho dentro das quatro linhas. Mesmo com a vitória por 1×0 sobre o Guarani, semana passada, antes da parada para a Copa América, falou-se muito nos bastidores de mudanças no departamento de futebol do clube.

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Um novo tropeço diante do Bugre, na verdade, tornaria a situação do técnico Umberto Louzer e, quem sabe, até do executivo de futebol, Rodrigo Pastana, insustentável no Coritiba. O resultado positivo colhido em Campinas acalmou os ânimos e não há nenhuma perspectiva de mudança. Pelo menos por ora. Somente resultados positivos e atuações mais consistentes podem fazer com que o treinador tenha vida longa no comando do Coxa.

Mas os erros vão muito além do trabalho contestado da comissão técnica do Coritiba. O fato é que o time é carente tecnicamente. Tem seus valores, é mais competitivo do que o elenco do ano passado e já provou isso, mas falta um algo a mais. O Verdão, até agora na temporada, foi inconstante. Até mesmo no Campeonato Paranaense, onde a competição é mais fraca, o clube raramente conseguiu emplacar uma sequência de boas apresentações.

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Não à toa, ainda no Campeonato Paranaense, o técnico Argel Fucks foi demitido. Umberto Louzer assumiu o Coritiba com a missão de fazer do clube um protagonista nas partidas e nas competições que disputa. O Verdão até melhorou um pouco, mas, sem dúvida, não é nem de perto o time que a diretoria e o torcedor gostaria de ver em campo. A imposição diante dos adversários às vezes acontece, mas não é constante e as apresentações são irregulares durante os 90 minutos.

O reflexo disso tudo são os resultados colhidos em campo. No Campeonato Paranaense, o Coritiba chegou às finais dos dois turnos, mas não faturou nenhum. Teve que ver de longe, então, o Athletico, seu maior rival, conquistar mais uma vez o título estadual utilizando seu time de aspirantes. Na Copa do Brasil, mais um fracasso. Diante da modesta e fraca URT, o Coritiba perdeu no jogo único da primeira fase e foi eliminado. Talvez esse revés tenha sido o mais dolorido, especialmente por conta do aspecto financeiro. O clube precisava avançar de fase para ter um lucro maior na competição nacional. Não foi o que aconteceu e o Verdão perdeu calendário e a chance de juntar um bom dinheiro na sequência da temporada.

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Com o foco voltado totalmente para a Série B do Campeonato Brasileiro, o Coritiba foi irregular nas primeiras oito rodadas da segunda divisão. Com 12 pontos e na nona colocação, o Verdão chamou a atenção mais pelo Couto Pereira lotado nos quatro jogos disputados em casa do que qualquer outra coisa. Aliás, a fase inconstante da equipe alviverde em campo acabou um pouco com a sinergia criada com as arquibancadas. Algo que terá que ser retomado a partir do mês que vem, na volta da competição nacional e nas 30 decisões que o Coxa terá pela frente. Subir é obrigação. Pelo bem do futuro verde e branco.