Retranca, não!

Coritiba se vê obrigado a mudar estilo de jogo

Os próprios jogadores do Coxa admitem que faltou ameaçar mais o Goiás no jogo do Serra Dourada. A obrigação é fazer isso na partida de volta no Couto Pereira. Foto: Divulgação/Coritiba FC

Ter atuações mais seguras e que priorizem a defesa já virou marca registrada do Coritiba neste começo de temporada. Talvez pela escassez de qualidade nos seus jogadores de frente, o time coxa-branca tem procurado primeiro se defender bem para depois arriscar alguma coisa em termos ofensivos durante as partidas. Essa maneira de atuar ficou escancarada na derrota por 1×0 para o Goiás, quarta-feira (28), em Goiânia, no duelo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Essa tática mais defensiva parece estar automatizada no jovem time alviverde, que precisará aumentar seu poder de fogo no duelo da volta, dia 14, no Couto Pereira, para conseguir avançar de fase na competição nacional.

Responsável por essa maneira de atuar mais defensiva do Coritiba, o técnico Sandro Forner afirmou que esperava que o time alviverde chegasse mais ao ataque. No entanto, o adversário, durante quase todo o primeiro tempo, jogou todo no campo ofensivo e dificultou as ações ofensivas do Verdão. “O Goiás estava bem no começo, conseguiu controlar bem o jogo. Tivemos duas, três oportunidades que poderíamos ter chegado com boa qualidade, mas não conseguimos fazer isso. Não foi a estratégia, mas o Goiás jogou melhor e nós nos defendemos bem. No segundo tempo, o Goiás também cansou na partida e nós tivemos oportunidades para empatar o jogo”, lembrou o comandante alviverde.

Na verdade, essa estratégia mais defensiva foi adotada pelo técnico Sandro Forner desde o princípio da temporada. O Coritiba, mesmo diante de equipes mais modestas do Estadual, em que pese ter conquistado o título da Taça Dionísio Filho, teve as mesmas dificuldades. O time coxa-branca, neste começo de ano, foi montado e treinado para jogar nos contra-ataques e nos erros dos adversários. No Paranaense, a estratégia até deu certo, mas para avançar de fase na Copa do Brasil será necessário um maior repertório ofensivo da equipe alviverde.

Contra o Goiás, que tem uma equipe mais qualificada e que também disputará a Série B do Campeonato Brasileiro, o Coritiba não conseguiu controlar a partida na defesa e teve raras chances de gols durante os 90 minutos. Se não fosse o goleiro Wilson, o Verdão poderia ter voltado do duelo de ida da terceira fase da Copa do Brasil com um prejuízo ainda maior na bagagem.

Sandro orienta Matheus Galdezani no treino de quinta-feira (1). Foto: Divulgação/Coritiba FC
Sandro orienta Matheus Galdezani no treino de quinta-feira (1). Foto: Divulgação/Coritiba FC

Sempre regular na defesa do Coritiba, o zagueiro Thalisson Kelven reclamou da falta de ofensividade do time coxa-branca, sobretudo no primeiro tempo. O Verdão, somente depois que sofreu o primeiro gol, logo no começo do segundo tempo, é que abandonou um pouco a postura defensiva e criou algumas chances de empatar o duelo no Serra Dourada.

“Foi complicado. No primeiro tempo só marcamos, não criamos nenhuma oportunidade. Tivemos duas chances claras no segundo tempo, mas não soubemos aproveitar. Mas não acho um resultado ruim, dá para reverter em casa. A gente entrou com a defesa baixa, tentando o contra-ataque, infelizmente tomamos o gol, mas agora é buscar em casa”, concluiu o zagueiro alviverde.

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Depois de sair derrotado pela primeira vez como visitante neste ano, o técnico Sandro Forner terá duas semanas de trabalho intenso para a partida de volta, dia 14, no Couto Pereira. Desta vez, o Coritiba entrará em campo pressionado e precisando do resultado. Por isso, mudar sua forma de atuar, jogar de maneira mais ofensiva e aumentar o poder de fogo serão fatores essenciais para o time coxa-branca avançar para a quarta etapa da Copa do Brasil.