Obstáculo

Coritiba quer vender CT abandonado, mas esbarra no Conselho

Terreno do CT foi comprado em 2011, mas clube nunca fez uma obra no local. Foto: Arquivo.

Encostado e até mesmo abandonado pelo Coritiba, o terreno que fica em Campina Grande do Sul pode ser a solução dos problemas no clube. O presidente Samir Namur espera que o Conselho Deliberativo aprove nos próximos meses a venda do local para que a verba seja revertida em melhorias no CT da Graciosa.

Comprado em 2011 pelo então presidente Vilson Ribeiro de Andrade, por R$ 1,7 milhão, a propriedade seria transformada na casa do novo centro de treinamentos do Coxa. Seis anos depois, entretanto, o local está deteriorado e largado.

“O CT de Campina Grande deveria ser vendido, para que investíssemos esse valor no CT da Graciosa. O contrário, infelizmente, hoje é inviável, porque construir todo um CT em Campina Grande custaria muito, um valor muito maior do que vale o CT da Graciosa”, explicou Namur, em entrevista à TV Coxa.

Coritiba tenta se desfazer do CT em Campina Grande do Sul. Foto: Hugo Harada
Coritiba tenta se desfazer do CT em Campina Grande do Sul. Foto: Hugo Harada

No entanto, a negociação não é tão simples. Apesar de defender a venda do terreno de Campina Grande em reunião recente do Deliberativo, o dirigente admitiu que ainda há resistência interna no Alto da Glória. “Existe certa resistência em setores do conselho, lembrando que o conselho tem de autorizar essa venda”, explicou.

“Mas é uma discussão que tende a avançar com a comissão de patrimônio e é possível que tenha uma novidade sobre isso nos próximos meses”, completou.

Patrocínio da Caixa e reformas no Couto Pereira

Namur também confirmou as dificuldades que o Coxa tem enfrentado para fechar patrocínio com a Caixa Econômica. O Coxa parcelou recentemente uma dívida de R$ 11 milhões de tributos em 60 vezes de R$ 155 mil para tentar se adequar às exigências do banco.

“O problema é que existem outras pendências, referentes a FGTS, que a Caixa quer que o clube regularize. O Coritiba entende que essas pendências já estão regularizadas, a Caixa entende que não”, explicou o cartola.

“Se não conseguirmos isso dentro do prazo teremos de reiniciar todas as negociações com a Caixa e isso pode efetivamente complicar a assinatura de contrato”, ressaltou.

Já sobre o Couto Pereira, Namur revelou que o Alviverde gastará, somente em 2018, R$ 4 milhões em reformas estruturais emergenciais do estádio. Será conduzia uma reforma estrutural da curva de fundos, recuperação dos pisos e cadeiras do setor social e o laudo de estrutura do setor social. “E ainda vai ficar muito pra gente arrumar”, emendou.