Coritiba pode reatar negociação com Dorival

A diretoria do Coritiba desmentiu ontem a contratação de Silas, do Avaí, mas deixou no ar a possibilidade de uma renovação de contrato com Dorival Júnior. Ou, pelo menos, um desejo.

No contato com os jornalistas, o coordenador de futebol Paulo Jamelli cometeu alguns atos falhos e falou em renovação de contrato do treinador. Será que tem alguma chance do trabalho atual continuar?

“Tínhamos o Júnior como o treinador do ano que vem. Foi uma decisão dele não continuar. Em momento algum falamos em valores. Falamos em projeto e foi uma decisão dele”, disse o dirigente.

Para Jamelli, independente dos resultados, Júnior continua sendo um grande treinador e a opinião dos dirigentes não mudou em relação a isso. “O trabalho do Dorival Jr. foi excelente, fomos campeões no Paranaense, e estamos na 6.ª colocação do Brasileiro”, avalia.

Segundo ele, como coordenador de futebol, ele não pode entrar na paixão do torcedor. Por isso, a boa avaliação. “Tenho que analisar o trabalho como um todo. Não posso ver apenas um resultado positivo, ou negativo para avaliar o trabalho de um ano inteiro”, destacou Jamelli.

E o treinador, o que acha desse reconhecimento do diretor, e de um movimento de torcedores que querem que ele reconsidere esse posicionamento de não renovar?

“Fico contente e, queiram ou não, é um reconhecimento do trabalho. Acho que seria inviável nesse momento estarmos falando sobre isso. Temos ainda dois jogos pela frente, partidas importantes e outras equipes dependem desses resultados. Preferiria falar nesse momento somente sobre essas duas partidas, e não levantar polêmica sobre esse assunto”, disse o treinador.

Mas essa possibilidade é difícil. Pelo sim, pelo não, a diretoria segue negociando. No momento desmente o interesse em trazer Silas, e investe em Vágner Mancini. Um contato com o treinador, inclusive, está programado para a próxima semana.

Mas Mancini tem antes um encontro com dirigentes do Vitória para discutir a renovação com o time bainao. Dos outros nomes contatados, Ney Franco preferiu ficar no Botafogo e Alexandre Gallo tem resistências entre os dirigentes.