Aos poucos, o Coritiba vai reencontrando o caminho para escapar do rebaixamento. Apesar de ainda estar afundado no Z4, o Coxa tem mostrado que tem forças pra deixar essa incômoda posição. A prova disso foram as duas últimas rodadas. Com o empate em 1×1 com o Vasco, no último sábado, e a vitória por 1×0 sobre o Cruzeiro, na quarta-feira passada, o Alviverde somou quatro pontos, um a mais do que nas nove partidas anteriores do segundo turno, quando viveu um incômodo jejum que o empurrou para o final da tabela.

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“Vitória gera confiança, tranquilidade. Estávamos emperrados, não saíamos dos 28 pontos e agora mudou tudo. Agora teremos uma semana forte, lembrando que é mais um jogo fora e depois fazermos uma mobilização forte com a torcida no Couto, porque nesses jogos podemos estar buscando o alívio nessa caminhada que estava nebulosa”, apontou o técnico Marcelo Oliveira, já projetando os próximos compromissos, contra Sport, fora, e Avaí, no Couto Pereira.

Porém, o ponto conquistado no Maracanã foi suado. O Coritiba cometeu muitos erros, principalmente de marcação, e levou sufoco do Vasco, em especial no primeiro tempo. A todo momento, os jogadores do adversário trocavam passes com certa facilidade e rondavam com frequência a área de Wilson, que foi o grande jogador coxa-branca da partida, com pelo menos três grandes defesas na etapa final.

O arqueiro, na verdade, só foi batido quando foi surpreendido pela cabeçada de Matheus Galdezani, que, aos 15 minutos do primeiro tempo, tentou cortar o escanteio cobrado por Nenê e acabou fazendo gol contra. Depois disso, o problema do Verdão passou a ser lá na frente.

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A equipe melhorou a postura defensiva, fechou os espaços e até trabalha melhor a bola, só que pouco finalizava. O Coxa quase não chutou em campo, muito pelas dificuldades de inflitração, e Martin Silva era um mero espectador no Maracanã. Até que Rildo, em uma bela jogada, aos 21 minutos do segundo tempo, deixou tudo igual. O atacante recebeu de Baumjohann – que entrou no intervalo -, deixou Jean no chão e bateu colocado. A bola desviou em Breno e foi parar no fundo das redes.

“É justo que mesmo sem termos finalizado tanto a gente tenha empatado. O gol é a essência do jogo, quem faz o gol é justo se chegar lá”, destacou Marcelo Oliveira.

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No final, o Alviverde teve uma boa chance com Henrique Almeida de virar o placar. Um sinal de que a sorte pode estar mudando e que um novo Coritiba está surgindo na reta final do Brasileirão.

“Eu acredito que o torcedor tem reconhecido o esforço dos jogadores. Nós estamos, apesar de estar treinando muito, errando alguns detalhes técnicos. O gol era evitável. Por mais que tenha sido uma infelicidade, poderia ter sido evitado. Não vai ser fácil, mas acreditamos muito no trabalho do dia a dia, que é muito bom”, completou o comandante coxa-branca.