Não foi neste sábado (19) que o Coritiba mostrou um futebol convincente. Jogando pouco, levando sufoco do lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro e tendo apenas dois chutes a gol, o Coxa ficou apenas no 1×1 com o Boa Esporte no estádio Dilzon Melo, em Varginha. Foi uma partida fraca tecnicamente, e por incrível que pareça o Verdão saiu no lucro diante do que aconteceu em campo.
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O Coritiba começou como começa toda partida fora de casa – sem vibração, sem força ofensiva, sem qualidade. Era pressionado por uma equipe frágil, que tinha marcado apenas um gol em cinco partidas, quer dizer, em 450 minutos. E que precisou de apenas sete minutos para fazer o seu. Após um escanteio, a defesa saiu e deixou o zagueiro Caíque livre dentro da área para vencer Wilson.
Para sorte alviverde, o Boa tinha fraquezas evidentes. Uma era o folclórico Gustavo Geladeira. Quatro minutos após o gol dos donos da casa, o zagueirão tentou tirar o perigo e encobriu o próprio goleiro. Na pequena área, Bruno Moraes teve apenas o trabalho de escorar para enfim marcar seu primeiro gol com a camisa do Coxa.
Automaticamente após empatar, o Coritiba voltou ao “modo avião”. Parou e passou a ser pressionado. Wilson começou a salvar o time, como na tentativa de Alysson à queima-roupa. Chegava a assustar a forma como os mineiros dominavam o jogo, superando a defesa alviverde sem dificuldade. Leandro Silva e Chiquinho eram driblados a todo momento, Simião e Julio Rusch não davam suporte à marcação.
O jogo não tinha chegado à meta do primeiro tempo e Wilson já era o melhor em campo. Douglas Baggio obrigara o goleiro a fazer outra intervenção decisiva. Do meio para frente, nada. Apenas o gol e nenhuma outra oportunidade do Coritiba no primeiro tempo. Guilherme Parede, Pablo e Yan Sasse mal pegaram na bola. Para uma equipe que havia treinado por dez dias, o saldo era preocupante.
Para tentar melhorar o rendimento do time, Eduardo Baptista promoveu a estreia de Alisson Farias logo na volta do intervalo. E apesar de ter começado cheio de vontade, o meia não conseguiu mudar o jeito alviverde por completo. Tanto que com quatro minutos Wilson já preciso fazer uma defesa importante, na cabeçada de Thallyson.
O Coxa tinha problemas técnicos. Os erros de passe eram constrangedores. Alguns jogadores, como Rusch, Chiquinho, Leandro Silva e Simião, tinham atuação abaixo da crítica. Mesmo assim, foi Simião quem quase marcou num passe de Alisson Farias, no segundo arremate da equipe no jogo. Enquanto isso, como se fosse preciso contar, Wilson ia salvando – aos 19, num chute de longe de Erick. O Boa Esporte seguia melhor, jogando no campo alviverde.
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Com apenas uma alteração a fazer e a reta final da partida chegando, Eduardo Baptista preferiu não correr riscos. Com dois volantes com cartões amarelos, tirou Simião e colocou João Paulo. E após a troca, o Coritiba começou a se aproximar do gol dos donos da casa. Não havia melhorado, mas os visitantes tinham chegado ao seu limite físico. E mesmo assim os alviverdes não levaram perigo ao gol de Fabrício, e assim a partida se arrastou no empate até seu final.
Ficha técnica
SÉRIE B
1º Turno – 6ª Rodada
BOA ESPORTE 1×1 CORITIBA
Boa Esporte
Fabrício; Erick, Caíque, Gustavo Geladeira e Foguinho; Amaral, Machado, Thallyson e Alyson (Daniel Cruz); Douglas Baggio (Ygor Catatau) e William Barbio (Felipe Alves).
Técnico: Daniel Paulista
Coritiba
Wilson; Leandro Silva, Thalisson Kelven (Geovane), Alex Alves e Chiquinho; Simião (João Paulo), Júlio Rusch e Yan Sasse; Guilherme Parede (Alisson Farias), Pablo e Bruno Moraes.
Técnico: Eduardo Baptista
Local: Dilzon Melo (Varginha-MG)
Árbitro: Rodrigo D’Alonso Ferreira (SC)
Assistentes: Thiaggo Americano Labes (SC) e Eder Alexandre (SC)
Gols: Caíque 7 e Bruno Moraes 11 do 1º
Cartões amarelos: Machado (BOA); Simião, Pablo, Julio Rusch, Alex Alves (CFC)
Renda e público: não divulgados