Crise

Coritiba fervendo: os bastidores da demissão de Sandro Forner

Sandro Forner e ao fundo o presidente Samir Namur. Da conversa entre os dois definiu-se a demissão do técnico. Foto: Marcelo Andrade

A delegação do Coritiba retorna para casa neste domingo (15) em cacos. Derrotado pelo Sampaio Corrêa no sábado (14) na estreia do Campeonato Brasileiro da Série B, o técnico Sandro Forner foi demitido na madrugada, com o auxiliar Tcheco comandando o time na terça-feira (17) contra o Atlético-GO. Após a partida, o ex-treinador alviverde demonstrou desânimo e já tinha deixado aberta uma saída.

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A noite foi longa em São Luís do Maranhão. A conversa entre os dirigentes – todo o comando coxa acompanhou a partida no Castelão – e a comissão técnica aconteceu somente no hotel onde o time estava concentrado. Fiel à política de falar menos com os jornalistas, o presidente Samir Namur não deu entrevistas, assim como o diretor de futebol Augusto de Oliveira, um dos mais criticados pela torcida.

Inicialmente, Namur iria esperar a volta para Curitiba – ou pelo menos a manhã deste domingo -, mas a pressão e as críticas pelo péssimo desempenho no Castelão deixaram a situação insustentável. O resultado foi uma nota oficial à 0h35 confirmando a saída do treinador. Tcheco foi avisado que continua e que comanda o time diante do Dragão. Depois, serão dez dias até a terceira rodada da Série B, diante do Criciúma. Até lá, o Coxa terá novo técnico. Se depender de uma ala da diretoria, será Claudinei Oliveira, hoje no Avaí.

Antes

Após a derrota, Sandro Forner falou. Estava decepcionado. “Tentamos de tudo. Mudamos a forma de jogar, buscamos melhorar a marcação, queríamos fazer algo diferente. Mas nosso primeiro tempo foi muito abaixo. Não competimos”, resumiu. “No segundo tempo, até competimos mais, mas não criamos. Levamos o segundo gol, e no final corremos risco de ser até pior. Poderíamos ter perdido de mais”, admitiu.

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Parece que o jogo diante do Sampaio Corrêa fez a ficha cair. A sensação era essa diante das reações dos jogadores e de Sandro. “Nós repetimos os erros que vínhamos cometendo. Não atacamos e defendemos mal. Tudo isso acontece há algum tempo”, disparou o goleiro Wilson, que para variar salvou o Coritiba de um vexame histórico. “O que aconteceu aqui me deixa muito preocupado para a sequência da temporada”, completou o agora ex-treinador.

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Questionado sobre a real capacidade do elenco, Sandro Forner teve dificuldades em responder. “É uma pergunta interessante, mas não é fácil. Nós vamos ter que contratar mais, o que aconteceu me deixou desapontado. Se quisermos subir, temos que melhorar, e não é pouco”, comentou o técnico alviverde, que admitiu que a pressão sobre ele é cada vez maior. “Estou tentando fazer o melhor. Pode ter certeza que eu quero muito que o time suba, independente de eu estar ou não no clube. E essa é uma decisão que a diretoria tem que tomar”, finalizou, horas antes de ser demitido.