A delegação do Coritiba penou, mas já está em Sousa, no alto sertão da Paraíba, onde amanhã, às 19h30, no estádio Marizão, finalmente fará sua estreia na Copa do Brasil.

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Atravessar o país por mais de 3.000 quilômetros às vésperas do Dia do Trabalho – feriado mundial, e data que a CBF oficializou a partida -, é tarefa complicada, e custa caro. Apesar de a logística do clube se desdobrar, problemas com faltas de voos e hotéis lotados prejudicaram a programação alviverde e Fortaleza foi o ponto mais próximo para o início da peregrinação pelo Nordeste. De lá o grupo percorreu madrugada adentro, de ônibus, uma viagem de 8 horas e quase 500 quilômetros até Sousa. Não bastasse todo o deslocamento, e o consequente cansaço que um percurso desses proporciona, o clube ainda amarga um prejuízo financeiro maior ao que ocorreu semana retrasada, quando a viagem perdida custou aos cofres alviverdes cerca de R$ 70 mil.

Como não poderia ser diferente a diretoria do clube ficou na bronca. Os valores aumentaram consideravelmente devido ao curto prazo que a logística teve para agendar passagens e vagas em hotéis. Somente 7 dias separaram a oficialização do jogo pela CBF, dia 23, até ontem, data do embarque, e por conta do feriado o cenário encontrado foi de poucas opções de voos, dos quais os disponíveis apresentavam passagens com um valor exacerbado, além ainda de hotéis lotados. “Tivemos poucos dias para o planejamento e os dois voos que têm para Juazeiro e João Pessoa já estavam lotados, então não teve jeito. Isso aí dificultou muito, é muito cansativo, ainda mais numa semana decisiva, mas não foram poupados esforços para fazermos, dentro do possível, a melhor logística para os jogadores”, disse Paulinho Alves, supervisor de futebol e responsável pela logística do clube.

Para piorar, o Alviverde não conseguiu reembolso pelas 23 passagens que a CBF subsidia, como explica o presidente do clube, Vilson Ribeiro de Andrade. “O problema é que o planejamento teve que ser inteiramente refeito. A CBF tem um valor que ela paga o reembolso ao clube, mas nós não conseguimos as passagens dentro desse contexto, por que não conseguimos ir pela GOL, empresa aérea que a CBF tem convênio, então a única alternativa foi fazer um voo alternativo via Fortaleza pela TAM. Isso aumentou consideravelmente nossos custos e é um prejuízo que o Coritiba vai ter novamente”, afirmou o dirigente.

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Vilson Ribeiro de Andrade aposta na força do conjunto para driblar os percalços que cercam a estreia na Copa do Brasil. “É brutal. Embora a gente tenha um carinho muito grande pela cidade de Sousa, que recebeu o Coritiba de uma forma extremamente gentil, mas a nível de logística e de cansaço é impossível você ir com o time titular. Nós vamos usar todo o nosso plantel que é grande”, finalizou.

Um olho no Sousa, outro no Atlético

A inesperada viagem para a Paraíba mexeu também com o planejamento dentro de campo do Coritiba. Além do compromisso de amanhã, a equipe tem pela frente o primeiro jogo da final do Campeonato Paranaense, contra o Atlético. Dessa maneira o técnico Marquinhos Santos dividiu o elenco em dois. O time principal, que venceu o Londrina no domingo, e ainda com o meia Alex e o volante Willian, inicia hoje a preparação para o Atletiba. Para a Paraíba seguiram, em sua grande maioria, jogadores reservas. Entretanto, o treinador não quer saber de rótulos sobre o time que enfrenta o Sousa. “Vão ser montadas duas equipes. Na verdade eu não cogito essa questão de titular ou não, pois jogou o Júnior Urso, Sérgio Manoel e Chico. Não contávamos que esse jogo fosse tão próximo da decisão, infelizmente por causa das situações que ocorreram. Mas a preparação foi feita. Todos os atletas tiveram sequ&ecirc,;ncia de jogos e estão prontos. Acreditamos que estamos levando para lá uma equipe também muito competitiva”, afirma.

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