Num ano com mais jogos decisivos, o Campeonato Paranaense tem neste domingo (25) sua primeira final. O Coritiba recebe o Rio Branco às 16h, e quem vencer fica com a Taça Dionísio Filho, que representará a primeira fase da competição e garante uma vaga na decisão do campeonato. Só por isso o jogo já valeria muito. Mas há um componente emocional que faz toda a diferença.
Num raro momento de apoio unânime, a Federação Paranaense de Futebol instituiu homenagens nas duas fases do Estadual. Neste domingo, encerra-se a Taça Dionísio Filho. O jogo, por essas coincidências, será no Couto Pereira, estádio onde o ex-jogador, ex-técnico e comentarista falecido há três anos mais esteve em seus últimos anos de carreira, trabalhando por rádio e TV.
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Dionísio era também uma das raras unanimidades do futebol paranaense. Não havia quem não gostasse dele. O jeito bonachão, sempre disposto a uma conversa com quem quer que fosse, conquistou torcedores e personalidades do esporte. Se ele chamava os amigos de “sangue bom”, Dionísio Filho era “sangue bom” de verdade. Sua partida tão repentina – foi pouco mais de um mês entre a descoberta da doença, a internação e a morte – chocou o Estado, e deixou uma lacuna que nunca será preenchida.
Para buscar a taça que leva o nome de Dionísio Filho, Coritiba e Rio Branco chegam embalados pelas próprias reconstruções. O Coxa começou o ano questionado, teve atuações muito ruins e viveu uma crise precoce após a derrota no Atletiba e uma atuação abaixo da crítica na Copa do Brasil. “Poucos diriam que chegaríamos à final depois daquele jogo no Piauí”, admitiu o técnico Sandro Forner.
O Leão da Estradinha superou um início complicado de Paranaense, com atuações irregulares, para vencer na hora certa. Foi com o triunfo sobre o Paraná Clube, o único até agora, que a equipe garantiu a classificação para a semifinal. E aí, contra o Atlético, uma atuação comovente e a vitória nos pênaltis. “Depois do Maringá, a gente veio pegando um espírito que dá orgulho de ver”, disse o técnico Maurílio.
Para a partida de hoje, o Coritiba deve ser o mesmo das últimas partidas – inclusive da vitória da quarta-feira (21) sobre o Uberlândia pela Copa do Brasil. Ainda sem Kléber, machucado, e com os jogadores recuperados de lesão (Ruy e Simião) sendo opções de banco, o Coxa continuará com a base dos garotos.
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Deverão ser oito titulares vindos da base, já que William Matheus não vai jogar por conta da lesão no tornozelo sofrida em Minas Gerais, e com isso Léo Andrade será o lateral-esquerdo. Assim, todo o sistema defensivo será de jovens. “Há mais de dois anos trabalhando com o Sandro, a gente já se conhece bastante e sabe que um pode cobrir o outro”, comentou o zagueiro Thalisson Kelven.
No Rio Branco, uma ausência é certa – o atacante Tcharlles, suspenso, está fora e deverá ser substituído por Eric. Thiaguinho e Rodrigo Jesus, que passaram a semana em tratamento, seguem como dúvida, mas deverão estar em campo diante do Coxa. O que Maurílio promete é muita luta. “Chegamos na final, vamos fazer um grande jogo, com todo respeito. O favoritismo é total do Coritiba, uma equipe grande, forte, com uma estrutura fantástica. Vamos trabalhar, respeitando tudo isso, e vamos buscar o nosso espaço”, finalizou.
Ficha técnica
CAMPEONATO PARANAENSE
Taça Dionísio Filho – Final
Coritiba x Rio Branco
Coritiba
Wilson; Marcos Moser, Thalisson Kelven, Romércio e Léo Andrade; Vitor Carvalho, Julio Rusch e Thiago Lopes; Iago, Guilherme Parede e Alecsandro.
Técnico: Sandro Forner
Rio Branco
Jhones; Raul, Thiagão, Victor e Thiaguinho (Éverton Maringá); Kessi, Marco Túlio e Camargo; Eric, Rodrigo Jesus (Damião) e Vandinho.
Técnico: Maurílio
Local: Couto Pereira
Horário: 16h
Árbitro: Felipe Gomes da Silva
Assistentes: Ivan Carlos Bohn e Weber Felipe Silva