O Coritiba, se não houver surpresas, irá atuar num 4-4-2 frente ao Santos, hoje – às 18h30, no Couto Pereira – pela segunda rodada do Brasileirão. Mesmo perseguindo a primeira vitória na competição, o técnico Celso Roth não abre mão de uma equipe bem postada e eficiente na marcação. Foi com essa estratégia que ele recuperou a autoestima do grupo, que não sofreu gols nos dois jogos disputados (um deles pela Copa do Brasil). O duelo de hoje é encarado como o grande teste para este ‘novo’ Verdão.
Após duas temporadas convivendo com sustos em relação à parte de baixo da tabela, o Coxa projeta uma arrancada neste período pré-Copa. A ideia é atingir pelo menos seis vitórias e, assim, garantir uma tranquilidade maior para o período de recesso, onde todos os clubes irão se reestruturar. “Queremos ficar entre os seis primeiros, quem sabe os quatro”, disse o volante Chico, que mais uma vez ganha a condição de titular. “Estou feliz com esse momento e o Celso (Roth) vem dando muita confiança para o grupo”, disse o jogador.
Se prevalecer aquilo que foi trabalhado, em muitos momentos do jogo o Coritiba deverá adotar uma marcação com duas linhas de quatro jogadores. No coletivo de quarta-feira, a segunda linha de bloqueio foi formada por Robinho, Baraka, Chico e Gil. Roth treinou exaustivamente a transição rápida a partir da recuperação da posse de bola, fazendo com que o time não se limitasse apenas a marcar. “Trabalhamos muito isso. Principalmente a marcação, pois temos a certeza de que se não sofrermos gol, estaremos bem mais perto da vitória”, cravou Chico.
O ajuste tático seria uma forma de bloquear o ímpeto do Santos, um time essencialmente ofensivo e com uma postura bem diferente das de Cene e Chapecoense, os adversários que o Verdão encarou, até aqui, nesta ‘era Celso Roth’. “A preocupação deve ser com o coletivo deles, que é muito forte. Mas não há mais time imbatível. Vale lembrar o que aconteceu em muitos estaduais. Lá em São Paulo, o Ituano levou a melhor sobre esse mesmo Santos”, destacou o volante coxa-branca.
Ataque
Mas, se defensivamente o Verdão parece ter encontrado o seu equilíbrio, o mesmo não se aplica ao setor ofensivo. Júlio César foi titular frente à Cene e Chapecoense. Fez um gol, mas o time mostrou muita dificuldade na criação de jogadas. E, quando as oportunidades surgiram, as finalizações deixaram a desejar. Um quadro que justifica a opção por Zé Love. Jogador de bom aproveitamento ofensivo, ele terá a missão de aproximar-se de Júlio César e, assim, tornar o Coxa mais contundente e capaz de arrancar a primeira vitória nesta Série A.
