Foz do Iguaçu – Com a confirmação da primeira rodada da Copa Sul-Minas-Rio (ou Primeira Liga), o Coritiba vai perder uma semana de pré-temporada. Essa é a conta feita pelo técnico Gilson Kleina, que se preocupa com as etapas que terão que ser puladas na preparação física, mesmo que o time ganhe rapidamente conjunto – estreia quarta na Liga contra o Internacional e já no sábado faz o primeiro jogo no Campeonato Paranaense contra o Cascavel.
“A gente tem que acelerar o processo. Tentamos colocar um número maior de jogadores em atividade para observá-los em ação. Só não podemos trocar muito, senão perde o pouco entrosamento que temos”, disse o treinador. A manutenção de grande parte do time do ano passado é que vai garantir uma adaptação mais rápida. “Estamos sendo coerentes com o planejamento. A base mantida nos dará sustentação para evoluirmos com equipe”.
Mesmo com essa preocupação e com a dificuldade na organização da Primeira Liga, Kleina não vê a competição como amistosa. “Não tem como você jogar dentro do Beira-Rio sem colocar na cabeça dos jogadores que a entrega tem que ser total. Temos que ter uma mesma postura, sem abdicar do objetivo de vencer”.
Fase inicial
Os primeiros dias de pré-temporada têm sido de foco na preparação física e no conhecimento pleno de elenco e comissão técnica. Além dos reforços buscarem entrosamento, a comissão técnica, em especial Kleina e o preparador Robson Gomes também iniciaram um trabalho novo e precisam de sintonia para trabalhar. “No início o mais importante é colher várias informações. Estamos numa fase de integração total. A pré-temporada serviu para que pudéssemos analisar e observar as características de cada jogador, as possibilidades táticas e variações”, explicou o treinador.
Além desse momento de “apresentação”, há também uma pesada carga física. “Temos que fazer o alicerce, não tem como priorizar outra coisa. Isso vai nos dar uma sustentação o ano todo. A prioridade é o físico para criarmos um lastro para aguentar toda a temporada”, disse Kleina.
Ceará
Há treze anos, no Brasileiro de 2003, quando o Coritiba conquistou pela segunda e última vez a vaga para a Copa Libertadores, Ceará foi um dos laterais-direitos do time. E por isso ele tem a receita para que o Coxa versão 2016 possa trilhar o mesmo caminho: coesão. Naquele ano, sob o comando do técnico Paulo Bonamigo, o Alviverde teve sua última grande campanha em Brasileiros, terminando na quinta colocação.
O diferencial daquele elenco, segundo o veterano, era a sintonia que dentro e fora de campo. “Deixamos de lado a individualidade para nos doarmos pelo coletivo, pelo Coritiba”, lembra Ceará. “Todos davam o melhor, unindo forças em campo”, ensina o lateral, que defendeu o Cruzeiro nas últimas temporadas. Apesar de já ter conquistado quase tudo no futebol inclusive o Mundial de Clubes de 2006, com o Internacional, Ceará ainda sonha alto. “Não dá para se escorar em uma carreira ou em conquistas anteriores. A vida é feita de triunfos e sempre coloco metas para atingir. Isso me motiva a superar os obstáculos”, concluiu o experiente lateral.