Estádio da discórdia

Chapas admitem que estádio Couto Pereira precisa de reformas

O Couto Pereira já passou por várias transformações nos últimos anos – a mais significativa delas, a construção do setor Pro Tork -, mas ainda está distante de oferecer ao torcedor o mesmo conforto das novíssimas Arenas. Situação e oposição reconhecem que o estádio necessita de adaptações urgentes. As duas alas têm pensamentos comuns no que diz respeito à cobertura das curvas. Porém, enquanto a ‘Coritiba, Nós Construímos’ acena com uma extensão de uma parceria para a recuperação completa do Alto da Glória, a ‘Coxa Maior’ trata do assunto como uma contingência, assegurando que há outras prioridades a serem equalizadas antes.

“Por tudo o que vimos, se eleitos, vamos encontrar terra arrasada. Então, o primeiro passo será reorganizar o departamento de futebol e sanear as finanças do clube”, comentou Ricardo Guerra, um dos mentores da oposição. “Mas, é claro, que nós pensamos grande e sabemos que o Coritiba terá que oferecer, num futuro breve, maior conforto ao seu associado. É inadmissível pensar que hoje grande parte do nosso torcedor fica exposto à chuva. Isso precisa mudar com urgência”, comentou. Guerra não descarta a construção de um novo estádio, mas desde que num cenário ‘pés no chão’. “Não iremos vender ilusões, como foi feito ao longo dos últimos anos”.

Do outro lado, Vilson Ribeiro de Andrade coloca a revitalização do Couto como uma das prioridades de sua chapa. “O projeto envolve a cobertura das curvas e a reforma do setor social, com a construção de novas cabines de imprensa”, destaca. O valor da obra giraria na casa dos R$ 30 milhões, mas envolveria a parceria com a Pro Tork, como já ocorreu na construção do novo setor vip do estádio. “Hoje, pensar em um novo estádio é um absurdo. O Coritiba tem seu patrimônio e sem a utilização de dinheiro público. Temos que seguir desta forma. Tem muito clube que meteu os pés pelas mãos e hoje está com uma dívida enorme pela simples vaidade de possuir um estádio moderno”, afirmou.

Situação e oposição entendem que a ‘casa’ do Coritiba é o Couto Pereira. A ‘Coxa Maior’, porém, se mostra aberta para novos projetos, desde que viáveis sob o aspecto econômico. Para Vilson, o Couto, mesmo sendo um estádio antigo, foi reformado e tem condições de ser melhorado ainda mais.