Se o motivo da queda de rendimento recente do Coritiba neste início no Campeonato Paranaense era o atraso nos salários, os problemas agora acabaram. Ontem de manhã, a diretoria alviverde se pronunciou sobre o momento financeiro do clube e garantiu que parte dos salários atrasados dos jogadores foram quitados e que até hoje alguns débitos, ainda de 2014, como 13º salário e férias, serão equacionados.

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Esse atraso no pagamento, segundo o CEO do Coxa, Maurício Andrade, já estava programado de acordo com o realinhamento financeiro que o clube está passando desde o ano passado e a expectativa agora é de que os pagamentos sejam realizados em dia.
“Elaboramos um plano de recuperação do clube e estamos conseguindo, a partir de agora, a manutenção das contas básicas em dia. É um desafio grande que essa gestão assumiu desde o início de 2015 e dentro da nossa previsão é que março isso se concretizaria”, apontou Andrade.

A dificuldade do clube neste início de temporada deve-se principalmente à queda no número de sócios do Coritiba. No ano passado, o Coxa chegou a ter 23 mil sócios adimplentes, mas iniciou janeiro com apenas 14 mil associados pagando em dia. Maurício Andrade ressaltou que essa queda é normal, sobretudo pela crise financeira que atravessa o Brasil.

“A quantidade de sócios caiu drasticamente esse ano, o que evidentemente acendeu a luz vermelha. Mas nós fizemos pesquisas sobre esse assunto com os nossos associados e isso ocorreu não por outro motivo que seja a condição econômica do país. Houve também a redução de valores de patrocinadores que nós tínhamos”, explicou Andrade.

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Com a adesão do Coritiba ao Profut, o clube trabalha também para pagar a dívida de R$ 200 milhões. “Tivemos no ano passado o parcelamento das dívidas tributárias através da adesão ao Profut. Temos sim um passivo muito grande com fornecedores, ações e temos trabalhado para colocar isso no nosso fluxo de trabalho. Quando iniciamos o planejamento, sabíamos que isso demoraria de 12 a 15 meses e está dentro do prazo que estabelecemos. Então, conseguimos colocar, nessa semana, o pequeno atraso que tínhamos em ordem”, pontuou ele.

No campo

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O diretor de futebol Valdir Barbosa garantiu que a queda de rendimento da equipe não tem relação alguma com o atraso nos salários e ressaltou que o elenco, ao não se concentrar para o jogo contra o Rio Branco, semana passada, achou uma forma de se defender.
“Os jogadores decidiram não se concentrar. Foi feito o comunicado, mas eles acharam que era a melhor solução e assim o fizeram. Não há nenhum vínculo entre o atraso dos salários com o momento que o clube viveu nos últimos jogos. A grande maioria dos jogadores aqui é experiente, de caráter. A previsão era de fazer os pagamentos no final de fevereiro e começo de março. Está acontecendo”, arrematou Barbosa.

Economia

A reformulação financeira pela qual passa o Coritiba não passa apenas por angariar novos investidores e conseguir mais sócios adimplentes. De 2015 para este ano, segundo o CEO coxa-branca, Mauricio Andrade, houve uma redução das despesas operacionais de R$ 20 milhões e isso é o grande trunfo para o Verdão conseguir se reequilibrar financeiramente.

“A primeira ação drástica foi o corte de despesas operacionais, que passaram de R$ 83 milhões para R$ 63 milhões. Esse é o principal motivo de se conseguir a retomada e o equilíbrio financeiro. Estamos firmando novos contratos de patrocínios e renovando algumas coisas que tínhamos que já se materializaram”, detalhou Andrade.

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