Atlético e Coritiba sempre estão em situações opostas

Quando um vai bem, o outro tem um ano para esquecer. Essa vem sendo a rotina de Atlético e Coritiba nos últimos anos. Desde 2001, ano do título nacional do Furacão, a dupla Atletiba, coincidentemente ou não, tem alternado bons e maus momentos em diferentes temporadas.

2013 é um ótimo exemplo da ‘irregularidade’ da dupla. Após um início conturbado, com o time sub-23 disputando o Paranaense e um começo preocupante no Brasileirão, o Atlético deu a volta por cima. Com Vágner Mancini no comando, o Furacão emplacou no campeonato nacional e conquistou uma vaga na Libertadores. Já na Copa do Brasil, o Rubro-Negro também fez bonito e chegou a final do torneio, sendo derrotado pelo Flamengo.

Enquanto isso, o torcedor coxa-branca quer apagar da memória o ano de 2013. Apesar do bom início de temporada, com o título paranaense e um início promissor no Brasileiro, a temporada terminou de forma melancólica. Com a segunda pior campanha no 2.º turno, à frente apenas do rebaixado Náutico, o Verdão lutou para permanecer na primeira divisão até a última rodada.

No ano passado, no entanto, os papéis foram invertidos. Com a base mantida de 2011, o time coxa-branca fez uma excelente campanha na Copa do Brasil e terminou com o vice-campeonato. Já o Furacão, rebaixado no anterior, disputava a Série B do Brasileirão.

Em 2011, um ano inesquecível para os coxas-brancas. Davi, Rafinha e Marcos Aurélio lideraram a equipe até a final da Copa do Brasil e ainda entraram para a história: se tornou o único clube no mundo a vencer 24 partidas de forma consecutiva. O ano só não acabou melhor por culpa do próprio Atlético. Perto de conquistar a vaga na Libertadores, o Coxa precisava vencer o Atlético na última rodada do Brasileirão para se garantir no torneio continental. No entanto, o atacante Guerrón marcou de cabeça o gol que acabou com as chances de classificação do rival.

No lado rubro-negro, 2011 foi um dos anos mais tristes de sua história. O mau futebol apresentado, contratações equivocadas, além das crises na diretoria e brigas entre situação e oposição, levaram o Furacão à Série B.

Já em 2010, embora o ano não tenha sido dos piores para o Coxa, que conquistou a Série B, a temporada terminou com o torcedor atleticano comemorando. Quinto colocado, por muito pouco o Furacão não beliscou uma vaga na Libertadores.

No ano anterior, a temporada ficou marcada não pelo mau desempenho da dupla Atletiba, mas pela barbárie na última rodada da Série A em pleno Couto pereira . Enquanto o Rubro-Negro não tinha mais o que almejar no Brasileirão, no Alto da Glória, 2009 virou o ano mais negro na história. Rebaixado para a Série B após empatar em 1×1 com o Fluminense dentro de casa, parte da torcida coxa-branca invadiu o gramado protagonizou cenas de guerra. A batalha campal foi o destaque negativo no futebol paranaense naquele ano.

Em 2008, enquanto o Coritiba, liderado pelo atacante Keirrison, terminou o Brasileirão na nona colocação, o Furacão teve que esperar até a última rodada para respirar aliviado. Com um 5×3 dentro da Arena diante do Flamengo, o time dirigido por Geninho escapou do rebaixamento.

Campeão da Série B em 2007, o Coritiba teve um ano tranquilo e retornou à elite sem maiores dificuldades. Na Série A, o Furacão não teve um bom ano. No final, encerrou a competição na 12.ª posição. Diferente de 2007, o ano de 2006 foi sofrível para o torcedor coxa-branca. Apesar do bom início na Segundona, tropeços dentro de casa impediram o retorno a Série A. Já no lado rubro-negro, mais um Brasileirão sem muitas emoções: 13.ª colocação.

Assim como 2006, o coxa-branca quer esquecer o a no de 2005. Com a debandada de seus principais jogadores durante o Brasileirão, o alviverde foi rebaixado novamente para a S&ea,cute;rie B. O descenso do maior rival fez o ano do torcedor atleticano fechar com chave de ouro. Vice-campeão da Libertadores, o Furacão manteve o bom futebol e terminou o Brasileirão na sexta colocação.

No ano anterior, Washington, Dagoberto, Jadson, Fernandinho quase deram ao time paranaense o seu segundo título brasileiro. O vice-campeonato do Atlético, aliás, foi a única alegria dos torcedores do Coritiba ao final do Brasileirão. Sem correr riscos, o Alviverde fechou a temporada com a sem graça 12.ª posição.

O contraste entre a dupla Atletiba também ficou evidente em 2003 e 2001. Com Miranda, Tcheco e Marcel na equipe, o Coxa conquistou uma vaga na Libertadores de 2004, após terminar o Brasileirão na quinta colocação, enquanto o Atlético encerrou a temporada na zona do agrião, mais uma vez. Já em 2001, o ano mais feliz para o torcedor atleticano e, sem dúvida, um dos mais frustrantes para o Coritiba. Alex Mineiro e Kleber Pereira fizeram a alegria dos rubro-negros ao dar ao clube o seu primeiro título nacional. Já ao torcedor coxa-branca, com a equipe na 17.ª posição, bastou lamentar a conquista do maior rival.