Defesa histórica

Apesar de lutar contra a ZR, zaga do Coxa foi excepcional

Longe de ficar marcada por grandes acontecimentos, a temporada de 2015 foi de altos e baixos para o Coritiba. Apesar de ter lutado mais uma vez contra o rebaixamento e de ter assegurado sua permanência na Série A somente na última rodada, o time terminou o Campeonato Brasileiro com a sua terceira melhor participação defensiva na era dos pontos corridos. Mesmo permanecendo na parte debaixo da tabela, foram apenas 42 gols tomados em 38 partidas, média de 1,10 gols sofridos por jogo.

O Coritiba, durante o Brasileirão, fez diversos testes no seu sistema defensivo, mas, principalmente depois da entrada de três jogadores na equipe é que a defesa passou a ser mais sólida. Indicado pelo técnico Ney Franco, o goleiro Wilson foi um dos destaques do Verdão e, não a toa, em votação no site oficial do clube, foi escolhido o principal jogador do Coxa na temporada.

Além do goleiro, dois jovens aguentaram a pressão e tomaram conta da defesa coxa-branca. Revelados na base alviverde, os zagueiros Walisson Maia e Juninho, que também foram apostas de Ney Franco, com atuações regulares, elevaram o nível defensivo e ajudaram o Coxa a ter, apesar da campanha ruim, uma das melhores defesas da competição.

Até por isso, os dois despertaram interesse de outros clubes, mas ambos têm contrato com o Verdão e permanecerão para 2016. Assim, pelo menos na defesa, a certeza do torcedor é de que o Alviverde não terá muitos motivos para se preocupar nesta nova temporada.

Aproveitamento

Desde 2003, quando o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos, somente em 2004 e 2011 o aproveitamento defensivo do Coritiba foi melhor do que o deste ano, sendo que em 2011 o time ficou perto de uma vaga na Libertadores.

Em 2004, quando terminou na 12ª posição, o Coxa tomou 48 gols em 46 jogos, média de 1,04 gols sofridos por jogo. Em 2011, a média subiu para 1,07. Foram 41 gols tomados em 38 partidas.

Por outro lado, nas temporadas de 2009 e 2012 o Coritiba registrou seus piores aproveitamentos defensivos. Nos dois anos, o time alviverde sofreu 60 gols em 38 partidas e elevou sua média para 1,57. Em 2009, este fator pesou e o Verdão não conseguiu evitar o rebaixamento para a Série B do ano seguinte.