O afastamento do atacante Alecsandro no Coritiba pode gerar uma dor de cabeça lá na frente para o clube. O representante do jogador, Oldegard Filho, disparou contra a decisão e, principalmente, contra o técnico Eduardo Baptista. Para o agente, a atitude foi uma birra pessoal do treinador, por um problema entre os dois ainda no Palmeiras, em 2017.
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“É uma vingança do treinador. O Eduardo Baptista imagina que na época da saída dele do Palmeiras (em 2017), ele (Alecsandro) teve alguma contribuição. Tanto que quando o Eduardo chegou no Coritiba ele começou a ‘escantear’ o Alecsandro. Então o Alecsandro foi procurar o Eduardo para saber o que estava acontecendo. Mas o Eduardo foi cínico nas respostas. Essa conversa tem o Pereira (gerente de futebol) como testemunha”, rebateu o representante de Alecgol.
“Tem gente dentro da diretoria do Coritiba que foi contra isso. É um mau zelo do uso do dinheiro do por conta de uma birra pessoal do treinador. É uma burrice do treinador porque Alecsandro é um atleta que ele pode usar, gostando ou não do jogador. Por isso vou avaliar com meus advogados as questões jurídicas sobre o afastamento. Ele é um trabalhador e isso é assédio moral”, complemento Oldegard Filho.
No entanto, quando chegou ao Alviverde, em abril, Eduardo Baptista destacou as qualidades de Alecsandro e que ele era seu homem de confiança.
Já o clube, através do diretor de futebol Augusto Oliveira, disse que o jogador não estava entregando o “custo-benefício” esperado e que a decisão foi tomada em conjunto pelo departamento de futebol e comissão técnica. Junto com ele, Simião também foi afastado.
“O Alecsandro teve um problema no joelho (na reta final do Estadual). Não estou falando que houve erro do Coritiba, mas nós tivemos que buscar tratamento fora do clube e tudo sendo pago pelo atleta. A recuperação demorou e quando ele voltou para o elenco já encontrou o treinador Eduardo Baptista, que tem esse problema com Alecsandro da saída dele do Palmeiras. A questão do momento é uma coisa particular do técnico com o atleta. Quando ele saiu do Palmeiras, ele saiu magoado com vários jogadores. Ele achou que tinha uma rede de conspiração na cabeça dele”, contestou Oldegard Filho.
O representante vai além e revela que outros atletas acreditavam que Alecsandro deveria ter mais espaço durante a Série B. “Os próprios jogadores se reuniam ali na resenha e não entendiam porque Alecsandro não estava sendo usado. Em todos os clubes que o Eduardo passou teve brigas e atritos com imprensa e jogadores. Tanto que ele deu aquele ‘piti’ no Palmeiras. Com ele sempre tem um problema. Ele não é um bom administrador de grupo, os jogadores não gostam dele. E se o Coritiba der o azar de continuar com não vai subir”, disparou o empresário.
Polêmica sobre a renovação do contrato
Alecsandro chegou ao Coritiba no ano passado em um acordo feito pela antiga diretoria. Segundo o empresário, o contrato do jogador era de empréstimo até o final de 2017 e os salários foram pagos integralmente pelo Palmeiras, que era dono dos direitos, por conta de um débito do clube paulista referente à contratação do meia Raphael Veiga. A partir de 2018, o contrato previa a cláusula de renovação automática com a diminuição salarial do atacante.
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“Foi um contrato normal. Eu prezo pelos direitos do atleta. Foi tudo feito de forma integral. Sem nenhuma pegadinha, nenhuma má fé. Nós abrimos mão de uma parte salarial porque o Alecsandro queria jogar no Coritiba. Isso não é balela. O pai dele, o Lela, pediu para ele ir jogar no Coritiba. Ele tinha proposta do Bahia também, mas foi uma escolha pessoal do jogador”, finalizou o representante.
Contestado pela torcida, Alecsandro fez 33 jogos e marcou apenas três gols. Ele tem contrato até dezembro de 2018.
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