Coritiba toma sufoco e se salva no final do jogo

O Coritiba voltou a tropeçar em casa neste Brasileirão. Ao empatar com o Vitória por 1×1, perdeu a 4.ª posição para o Criciúma, justamente o seu próximo adversário. Desarticulado, foi refém da eficiente marcação baiana e só chegou à igualdade nos últimos minutos. O rubro-negro abusou do individualismo e deixou de “matar” o jogo em pelo menos três contra-ataques, quando o jogo estava à sua mercê.

Marcando pressão e com velocidade, o Coritiba encurralou o Vitória logo nos primeiros movimentos do jogo. Aos 2?, Ceará cruzou da direita, Souza dominou com estilo, mas a zaga impediu o gol. O ritmo forte foi mantido por mais alguns minutos, só que a velocidade foi se transformando em pressa desnecessária. O time baiano teve o cuidado de adiantar sua linha de marcação e passou a impor dificuldades às ações de Souza e Edu Sales, os jogadores mais efetivos do ataque coxa-branca.

Desatento à marcação, o Coritiba dava espaços para os contragolpes de Zé Roberto. Aos 20?, o atacante escapou pela esquerda, mas demorou demais para definir a jogada e permitiu a recuperação dos zagueiros. Mesmo com maior posse de bola, o time de Paulo Bonamigo não encontrava espaços. Só voltou a levar perigo aos 35?. Tcheco lançou Edu Sales em velocidade, mas o atacante abdicou da definição da jogada e rolou para Marcel. O atacante se atrapalhou e na sobra Souza obrigou Juninho à difícil intervenção.

O Vitória poderia ter saído em vantagem – logo após a saída de Edinho Baiano, lesionado – não fosse a indefinição de Samir. O meia escapou em novo contra-ataque, com três jogadores do rubro-negro contra um marcador, mas demorou demais para concluir a jogada. No último lance, Edu Sales reclamou pênalti em disputa de bola com Marcelo Heleno. Bonamigo tentou reorganizar seu time no intervalo, mas sem sucesso. À exceção de uma jogada ensaiada em cobrança de escanteio efetuada por Tcheco, o Coritiba não se encontrou em campo.

Dispersivo, foi dominado pela marcação adversária. E a situação se complicou de vez com o gol do Vitória. Aos 19?, Zé Roberto – o melhor em campo – fez a jogada pela direita e bateu cruzado. Samir entrou em velocidade para empurrar para a rede. A partir daí, a ansiedade tomou conta do Coritiba e o que se viu foram sucessivos erros de passes.

Bonamigo fez o possível para “despertar” o time com as entradas de Djames e Marco Britto. Se faltava inspiração, sobrou transpiração e o empate veio aos 42?. Após jogada pela direita, Edu Sales rolou para a área e Souza “fuzilou”. O técnico ressaltou a “garra” como o fator decisivo para a conquista do empate, reconhecendo que seu time trocou a qualidade pela velocidade. No domingo, não terá Edinho Baiano, suspenso pelo 3.º amarelo.

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