O momento é de ?transformar? o Couto Pereira na casa do Coritiba. Por enquanto, o rendimento alviverde dentro do Alto da Glória é ruim, com apenas duas vitórias em seis jogos.
Por isso, a partida das 21h45 contra o Corinthians é fundamental para confirmar o bom momento e para retomar o bom aproveitamento em casa. E o técnico Antônio Lopes prefere optar pela segurança ao escalar a equipe.
Ele pensava em colocar Luís Carlos Capixaba como lateral-direito, aproveitando a boa parceria entre Rodrigo Batata e Cléber, que foram os destaques do time na goleada sobre o Cruzeiro. “Se precisar jogar ali, não tenho problemas. Eu já atuei por ali no São Caetano e no Bahia”, conta o armador.
Mas Lopes acabou optando mesmo por Tesser como substituto de Rafinha, que cumpre suspensão automática. “Ele está jogando bem, tem força e qualidade na marcação. Tenho certeza que ele vai jogar bem”, elogia o Delegado, que tomou muito do tempo do trabalho tático para conversar com o lateral-direito. Com isso, Capixaba volta para o meio, e Batata (que não treinou ontem) fica no banco de reservas.
Só que a preocupação do treinador existe, tanto que ele deixou aberta a possibilidade de colocar Capixaba na direita durante o jogo. Além disso, o Coritiba pode ?repatriar? Jackson (que estava na Arábia Saudita), que é meia, mas também joga na ala. O jogador conversou com dirigentes, afirmando que gostaria de retornar ao clube. “Se ele se adequar à nossa filosofia salarial, é um jogador que interessa”, afirma o vice-presidente coxa.
Esta, entretanto, é uma solução por enquanto distante. No momento, a preocupação é conquistar uma vitória dentro de casa. “Nós não estamos conseguindo manter uma regularidade no Couto Pereira. Conquistamos oito pontos em casa e sete fora. E eu falei para os jogadores que precisamos de melhor rendimento”, comenta Antônio Lopes.
Para os jogadores, é a hora de arrancar para as primeiras posições. “Em casa, temos que vencer sempre”, resume o atacante Alemão, que assim como Cléber vai atuar pela primeira vez no Couto Pereira. “O mais importante é que vamos contar com nossa torcida. Com o apoio deles nas arquibancadas, vamos conseguir os três pontos”, finaliza o “Senador” Roberto Brum.
Adversário
O Corinthians tem de volta o atacante Gil, que cumpriu suspensão automática no clássico contra o Santos. Por isso, o técnico Tite volta a escalar o Timão no esquema 3-5-2, dando ao centroavante Marcelo Ramos (que há dois meses não marca) um companheiro. Rosinei, que é armador de ofício, será mantido na ala-direita, no lugar do lesionado Coelho.
Gramado joga contra
Além do Corinthians, do frio e da dificuldade natural de jogar em casa (possivelmente enfrentando uma equipe defensiva), o Coritiba terá outro adversário esta noite: o gramado do Couto Pereira. Apesar de ser o dono do estádio, o time sofre com a irregularidade do campo, que não está em boas condições e acaba mais atrapalhando que ajudando.
O primeiro a falar sobre o assunto foi o atacante Tuta, que não escondeu a dificuldade de atuar no Alto da Glória. “Nosso campo não está bom. Tem muitos buracos, e fica complicado para dominar a bola”, comenta o centroavante, que reconhece ser mais duro ainda para os meio-campistas. “Eles têm que ajeitar a bola, e aí eles sofrem”, afirma.
Mesmo sem ter jogado em casa, o armador Cléber sabe dos problemas que o esperam. “Eu treinei no Couto, e realmente está complicado. Você tem que primeiro arrumar a jogada para depois pensar no que vai fazer”, diz ele, em tese o principal prejudicado, já que é o responsável pela organização ofensiva do Coxa.
Os zagueiros também penam. O capitão Reginaldo Nascimento, que convive com as dificuldades há tempos, alerta os companheiros. “Às vezes, a bola quica e você é pego de surpresa. Mas sempre é assim, e eu já acho normal que essas coisas aconteçam”, comenta o zagueiro.
O único a não falar do problema do gramado do Couto é Antônio Lopes. Segundo ele, este não é o problema – e nem justificativa para más atuações.