Coritiba tem jogo decisivo para manter a esperança

Uma história de amor ao Coxa. Assim pode ser definida a torcida organizada Império Alviverde, que está comemorando 27 anos. Fundada em 2 de outubro de 1977 por vinte pessoas, a facção é a mais antiga do futebol curitibano, e hoje a maior e mais respeitada do Coritiba. Segundo o presidente Giovani Gionédis, a “Império” é o exemplo para todos os torcedores coxas. “Quem dera um dia todo o nosso estádio vibrando e nos apoiando como nossa torcida organizada faz. Os membros da Império não deixam de incentivar um único instante e por isso temos muito apreço por eles”, comenta.

Para os diretores da “Império”, a manifestação de Gionédis é a comprovação da ligação entre clube e torcida. “Hoje nós temos uma relação que não existe em nenhum outro clube do Brasil”, garante o vice-presidente da facção, Osvaldo Dietrich. “Damos apoio total às atitudes da presidência e, em contrapartida, temos conhecimento das ações do clube”, explica o dirigente, citando o secretário coxa Luís Henrique Barbosa Jorge como o elo entre os dois lados. “Ele foi integrante de torcida, então sabe como é o nosso interesse”.

Hoje, a torcida é formada por oito mil integrantes (“Temos contato direto e indireto com 20 mil pessoas”, afirma Dietrich) e tem como grupo mais visível a bateria, que nos jogos realizados no Alto da Glória se veste de amarelo. Antes das partidas, há uma apresentação deles – e delas, já que também há uma bateria feminina. “É a única bateria feminina do mundo”, assegura o vice-presidente.

A festa da “Império” está marcada para amanhã, na chácara Paraíso, em Pinhais. Os ingressos custam R$ 15,00 para os homens, com direito a um convite feminino, almoço e a ida para o local em ônibus fretados pela torcida, que sairão da sede da facção, no Couto Pereira. Mais informações pelo telefone 253-7148.

O time do Grande ABC espera manter a ascensão dentro do Brasileirão, confirmada nas últimas quatro vitórias. Duas fora de casa, contra Criciúma e Vasco da Gama, e duas no ABC, diante do Figueirense e do Grêmio. “Além de termos que manter o mesmo ritmo, precisamos respeitar ao máximo o adversário, que é um time competitivo e muito bem dirigido pelo Antônio Lopes”, prega o técnico Péricles Chamusca.

Aparentemente, o elenco não se abalou com a eliminação na Copa Sul-Americana, depois da derrota imposta pelo São Paulo nas cobranças de pênaltis. “Saímos da competição invictos”, lembra o zagueiro Gustavo. Na primeira fase do torneio internacional, coincidentemente, o adversário foi o mesmo Coritiba, com o Azulão vencendo no Paraná, por 2 a 1, e empatando em casa, por 2 a 2. Contra o São Paulo foram dois empates por 1 a 1.

Infelizmente o time não saiu inteiro da Copa Sul-Americana. O lateral-esquerdo Triguinho sofreu uma fratura no osso da face, passou por uma cirurgia corretiva e só volta aos treinos em três semanas e aos jogos somente em dois meses. Ele teve um choque com o zagueiro Fabão. Já Dininho também se deu mal ao levar uma cotovelada de Grafite, recebeu cinco pontos na testa, podendo desfalcar o time.

O atacante Euller, abatido pelo pênalti perdido aos 41 minutos do segundo tempo, sentiu dores musculares e nem participou do rachão realizado na manhã de ontem.

Diante destes problemas, Péricles Chamusca preferiu deixar dúvidas no time. Warley é a primeira opção no lugar de Euller, mas na lateral-esquerda há várias possibilidades. A mais provável é a entrada de Serginho. Mas não está descartada a entrada de Márcio Alexandre ou até mesmo de Éder na posição.