Coritiba provoca rivais em campanha

Motivação ou provocação? Ou os dois? Para o Coritiba tanto faz. Depois de alguns dias em suspense, uma nova campanha publicitária pelos outdoors da cidade foi revelada ontem e atinge em cheio o maior rival: ?Falacianos?, torcida se mede dentro do estádio?. Aproveitando a já eternizada foto do atacante Tuta mandando a torcida do Atlético calar a boca na final do Paranaense de 2003 em plena Baixada e a definição de Mário Celso Petraglia para seus próprios pares, o Alviverde vai às ruas para reforçar que tem o maior público do Campeonato Brasileiro.

?É uma campanha motivacional para a torcida e para mostrar que, mesmo com ingresso mais caro e estando na Série B, o Coritiba tem a maior média de público?, explica Osvaldo Dietrich, diretor de marketing do clube do Alto da Glória. De acordo com ele, o mote da campanha veio da valorização da torcida coxa na competição nacional aliada ao menosprezo do dirigente adversário aos seus torcedores. ?É uma provocação à nossa própria torcida para continuar indo ao estádio e estamos utilizando elementos fartamente usados na Argentina por River Plate e Boca Juniors?, justifica.

Assim, onde se via apenas o atacante Tuta com a onomatopéia ?Ssshhhh? gerando uma expectativa para saber do que se tratava e quem estava por trás, acabou revelada. E o próprio Coritiba, em sua campanha mensal pela cidade, resolveu chamar a atenção para a presença da torcida no Couto Pereira. ?Não estamos hostilizando ninguém e apenas usamos três pontos que a gente julga importante: primeiro, temos a maior torcida; segundo, o gesto do Tuta que ficou eternizado para a torcida coxa e as palavras do próprio dirigente deles, que falou que a torcida é uma falácia?, explicou.

Até o final do mês, a publicidade fica na rua do jeito que está. No entanto, o próprio clube pode lançar uma nova, caso o Rubro-Negro resolva fazer algum tipo de contra-ataque. ?Provavelmente deve ter uma resposta, mas já estamos preparados para isso?, finaliza Dietrich.

Contra a seca em Brasília

O Coritiba está montando uma verdadeira ?operação de guerra? para a partida de sábado, no Distrito Federal. Além de encarar o perigoso Brasiliense, o Alviverde ainda terá de enfrentar outro adversário temível e que vem fazendo vítimas na capital do País: a baixa umidade relativa do ar. Responsável por doenças respiratórias em pessoas com baixa imunidade, ela também afeta os atletas, que precisam repor água para manter o equilíbrio térmico. Por isso, a ordem é aproveitar cada parada da partida para molhar o corpo e ingerir muito líquido.

?A umidade está muito baixa e estamos fazendo um trabalho de hidratação e umidificação da pele e das camisas para que os atletas não sintam tanto?, diz Glydston Ananias, preparador físico do Coxa. Segundo ele, essa é uma estratégia para a partida de sábado porque Brasília está sofrendo muito com o ar seco. ?É uma situação especial. Tivemos a informação que não chove lá há quatro meses e que, na semana passada, a umidade do ar chegou a apenas 10%?, justifica.

Para sábado, a previsão é que a umidade relativa do ar fique em torno dos 29%. Para piorar, a temperatura deve bater na casa dos 30ºC na hora da partida e ?ajude? ainda mais os jogadores a sentirem dificuldades na parte física. Por isso, eles contarão com a colaboração do massagista Moacir Medeiros para ganharem uma refrescada à base de esponja. ?É um trabalho simples com um balde com água e uma esponja para passar na cabeça e no uniforme?, revela.

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