Talvez o mais otimista dos torcedores do Coritiba não esperasse a situação altamente favorável de sua equipe de coração no supercampeonato paranaense. Depois de um empate na estréia contra o Prudentópolis, a vitória no Atletiba de domingo colocou o Cori na liderança de seu grupo, com ótima vantagem em relação aos adversários. Hoje, às 21h45, até uma derrota por dois gols de diferença para o Grêmio Maringá coloca o time na semifinal da competição.
Apesar de ter apenas um ponto de vantagem para o Atlético, o Cori conseguiu graças à combinação de resultados uma imensa vantagem sobre os adversários. Com quatro pontos e saldo positivo de um gol, o time de Paulo Bonamigo não depende do resultado de Atlético e Prudentópolis para garantir uma das vagas do grupo. E, para ser eliminado, o Coritiba teria que ser derrotado pelo Grêmio por três ou mais gols de diferença. Qualquer outro resultado classifica a equipe – e a vitória dá o primeiro lugar e a vantagem de jogar a semifinal em casa pelo empate.
Mas ninguém fala desta vantagem adquirida. Muito pelo contrário – o objetivo alviverde é vencer aquele que seria o mais importante jogo da temporada. “Passou o Atletiba. Só podemos pensar no Maringá, e sabemos o quanto vai ser difícil o jogo”, afirma o volante Reginaldo Nascimento.
O que coloca o Coritiba mais cauteloso ainda é a série de desfalques. O lateral Reginaldo Araújo e o atacante Da Silva cumprem suspensão automática, enquanto o meio-campista Sérgio Manoel foi vetado pelo departamento médico, devido a uma contratura muscular na coxa direita. Além deles, há a preocupação com o armador Alexandre Fávaro, que sente dores no joelho e tornozelo direitos. “Vamos avaliá-lo novamente antes do jogo, mas acredito que ele reúna condições de jogar”, afirma o médico William Yousef.
Com Alexandre Fávaro em campo, Bonamigo não deve realizar alterações drásticas. Ele vai manter a formatação tática alviverde, e colocará as chamadas ‘primeiras opções’ nos lugares de Reginaldo Araújo, Sérgio Manoel e Da Silva – Tesser, Badé e Jabá, respectivamente. “São avaliações que eu faço dos jogadores, e não posso fugir delas. Mas, se for preciso, tenho o Pepo e o Lira”, resume o treinador.
Se Fávaro não puder jogar, o técnico tem três opções: a primeira é colocar Lima, que era o titular antes do supercampeonato; a segunda é escalar Alexandre Pinho ou Pepo, que – mesmo sendo volantes – são jogadores também agressivos. Bonamigo também pensa em colocar Jabá nesta função, escalando Robenildo ou Adão no ataque. “Vou esperar até quando puder, mas pelo que o departamento médico informou, acho que o Fávaro vai jogar”, diz.
O que Bonamigo não tem dúvidas é da dificuldade da partida, potencializada por uma suposta ‘ajuda’ do Atlético para o Grêmio Maringá. “Isso não me interessa, porque tenho que pensar no Coritiba. Mas podem ter certeza que o jogo não será fácil”, finaliza o técnico alviverde.