Coritiba joga mal e empata com o Guarani

Quando o Coritiba dá a impressão de que vai deslanchar no Campeonato Brasileiro, vem a desilusão. Após bater o Flamengo por 1 a 0, o Goiás por 2 a 1 e o Criciúma por 1 a 0, o Verdão não foi competente o suficiente para bater o fraco time do Guarani. O jogo disputado no Brinco de Ouro da Princesa terminou sem gols, o que não deixou de ser justo pelo baixo nível técnico apresentado pelas equipes.

Descontente com o poder de criação do meia Cléber, o técnico Antônio Lopes decidiu inovar e escalar o lateral-esquerdo Ricardinho fazendo o papel de armador do time coxa-branca. Inicialmente, até deu a impressão de que a mudança daria maior movimentação ao Alviverde. Com boa mobilidade, Ricardo se revezava pelos lados do campo, ajudando a recuar o Bugre para a defesa.

No entanto, a grande dificuldade era fazer a bola chegar na área, talvez em parte devido à péssima condição do gramado, que impedia a bola de rolar solta. Sem o piso ideal, o jogo era marcado por erros de passes e falhas de finalizações. Quando o Coxa conseguia chegar à área, encontrava um paredão adversário. O atacante Aristizábal sofreu marcação dura e poucas vezes conseguiu finalizar.

Apesar da superioridade das ações coxas, quem teve a grande chance da primeira etapa foi o Guarani, que carimbou o travessão com Dida aos sete minutos.

Dada à deficiência nas conclusões do Coritiba, a expectativa era de que o técnico Antônio Lopes mexesse já no intervalo. Ledo engano. Mudança no intervalo só no time do Guarani: Marcão entrou no lugar de Gláuber.

Com a modificação, o Guarani ganhou mais energia e começou a equilibrar o jogo. Notando o cansaço de seu time, Antônio Lopes promoveu a entrada de Alexandre Fávaro no lugar de Adriano, deslocando Ricardinho para a lateral-esquerda. Em seguida, deu passagem a Alemão no lugar de Aristizábal e terminou queimando a última substuição colocando Vágner no lugar de Ataliba, o que taticamente não fez grande diferença.

Já o técnico Lori Sandri teve mais sorte. Com a contusão de Adílio, ele foi forçado a escalar Serginho, que puxou o time para frente com a ajuda de Simão, substituto de Caio. Foi como se o Bugre recebesse uma dose extra de gás. Nos minutos finais, o Coritiba passou sufoco e só não saiu de campo derrotado porque na melhor oportunidade do Guarani, Marcão deu uma de malandro e fez o gol com a mão, em vez de colocar a cabeça. No final das contas, o pontinho conquistado fora de casa serviu de prêmio de consolação. O próximo compromisso do Cprotoba é contra o Fluminense, no Couto Pereira, na quinta-feira.