Coritiba já conseguiu parcelar a dívida

A ameaça de o Coritiba fechar as portas está definitivamente afastada. Pelo menos, por enquanto. O clube conseguiu acertar um parcelamento da dívida que tinha com o empresário espanhol José Martin no caso Mozart e já respira aliviado. Com essa pendência resolvida, o Alviverde demonstra estar começando a arrumar a casa e apagando a imagem chamuscada deixada pelas seguidas trapalhadas cometidas neste ano.

Foi o próprio presidente, Giovani Gionédis, quem negociou com Martin para alongar o pagamento do débito. Após uma operação de emergência para evitar essa suspensão, o Coxa terá que pagar cerca de R$ 1 milhão em 22 parcelas, mais as taxas dos trâmites. Bem melhor do que a multa de R$ 1,85 milhão que a Fifa tinha arbitrado pela comissão que o empresário não recebeu pela venda do meia Mozart.

“Com essa composição, não há mais risco nenhum de punição”, comemora Domingos Moro, secretário do Conselho de Administração. Caso não pagasse, o clube seria punido com suspensão e não poderia disputar nenhuma competição, nem jogar amistosos. O espanhol tinha uma procuração para negociar o atleta para o exterior que não foi respeitada. Com isso, Martin entrou com uma ação na Fifa que foi julgada à revelia e o clube punido. Com a lambança, dois empresários de futebol acabaram levando comissões pela venda do jogador.

Apesar de respirar e estar mais do que confirmado no Campeonato Brasileiro, o Coritiba continua com sérios “abacaxis” para resolver. O principal deles é o pedido de penhora do CT da Graciosa pela Caixa Econômica Federal. O banco alega que o clube não depositou o FGTS de jogadores e funcionários no período 1967-1997. O total da dívida é de R$ 3,1 milhões e, de acordo com Moro, ainda não é definitiva. “Esta situação está sendo administrada juridicamente”, aponta. Na verdade, o Coxa pede uma revisão de valores e assim consegue jogar para a frente o pagamento efetivo de mais esse “papagaio”. O Alviverde também contesta a penhora do CT porque o mesmo já está como garantia de pagamento de uma dívida com o Bradesco. O montante com este banco seria de R$ 9 milhões que foi parcelado em 60 meses.

Micos

Além dos sérios problemas financeiros causados por administrações irresponsáveis (que geram agora risco de suspensão, penhoras e dívidas astronômicas) ultimamente o clube tem se envolvido com situações, no mínimo, inusitadas.

Demorou, mas Picoli vai ficar

O zagueiro Picoli finalmente bateu o martelo e fica no Coritiba por mais uma temporada. Após uma negociação demorada (que se arrastava feito uma novela), o jogador entrou em acordo com os dirigentes e aceitou assinar contrato por mais um ano. Hoje, deverá ser a vez do atacante Da Silva confirmar a presença no Campeonato Brasileiro defendendo o Alviverde.

“Foi um acerto tranquilo, dentro daquilo que eu vinha conversando com vocês (jornalistas), a partir do momento que existe o interesse, cada parte vai cedendo um pouquinho e os acertos acontecem”, explicou. Com a renovação, a zaga alviverde fica completa e à disposição para o técnico Paulo Bonamigo. “A gente vai trabalhar para deixar ela (a zaga) melhor ainda. Nós sabemos que tem companheiros que têm condições de jogar porque já mostraram isso e a presença de todos nós qualifica o grupo já que no Brasileiro isso vai ser necessário” apontou.

No caso de Da Silva, a diretoria só espera a chegada do procurador Paulinho McLarem para terminar essa outra novela. No entanto, já está tudo praticamente acertado e o atacante deverá permanecer mais seis meses defendendo o clube do Alto da Glória.

Reforço

O primeiro das “duas balas” prometidas para antes do Brasileirão deverá aportar na cidade na próxima semana. De acordo com o secretário do Conselho de Administração, Domingos Moro, será um meia. Ele não quis adiantar mais detalhes para não prejudicar a negociação, mas segundo apurou a reportagem, o jogador viria do interior de São Paulo. (RS)

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