Coritiba enfrenta o Atlético sem cinco titulares

A bruxa está solta no Alto da Glória e deu uma forcinha para o Atlético para o clássico de amanhã, às 18h, na Arena da Baixada. Para o primeiro confronto entre os arqui-rivais após a decisão, o Coritiba não terá cinco titulares que se sagraram campeões paranaenses no dia 18 de abril.

Depois do veto ao lateral-esquerdo Adriano, que inclusive se machucou naquela partida final, do dia 18, e o atacante Luís Mário, ontem foi a vez do zagueiro Reginaldo Nascimento e do atacante Tuta. Além deles, Ataliba também está impedido de jogar, devido a um problema de documentação.

Sem tempo para lamentações, o técnico Antônio Lopes já confirmou os substitutos que terão a missão de parar o adversário que tem sede de vingança: até hoje, os atleticanos se ressentem da perda do título em plena Arena. Na zaga, Vágner, que atuou contra o Internacional, será mantido ao lado de Miranda. Com um problema no tornozelo, Miranda fez um trabalho leve ontem e foi confirmado. Na lateral-esquerda fica a dúvida até a hora do jogo. O reserva imediato de Adriano, Ricardinho, se recupera de uma gripe e está fisicamente debilitado. Por isso, Lira, que atuou contra o Inter, está de sobreaviso. “Não sabemos se o Ricardo agüenta 90 minutos. Talvez seja interessante deixá-lo entrar no decorrer do jogo, quando o adversário estiver mais cansado”, diz Lopes.

Na frente, o treinador aposta suas fichas em Rodrigo Batatinha, que fará o trabalho outrora feito por Luís Mário e André Nunes, que será a referência na área. Batatinha caiu nas graças do treinador após a bela apresentação no primeiro jogo da final do paranaense, quando começou jogando. “Foi um jogo memorável e que vai me marcar para sempre. É muito bom poder voltar a enfrentar o Atlético”, disse Batatinha, que teve que se conformar em ficar no banco na grande final, dando passagem a Tuta, suspenso no primeiro jogo. “Vou matar a vontade de jogar na Arena, em mais um clássico. Não chega a ser um jogo tão importante quanto o da final, mas em campeonatos de pontos corridos, vencer é sempre importante”, diz Batata.

Sem parte da equipe titular, a base do time será composta por jogadores revelados no clube, sob a batuta dos mais experientes, como Aristizábal e Capixaba. Para o meia, a responsabilidade é encarada com naturalidade. “Na verdade, o mais velho é o Ari. Mas não tem mistério. Se esses atletas estão no elenco, é porque têm potencial. Orientá-los é apenas um detalhe”.

Coritiba vai de André Nunes em vez de Tuta

Há 18 dias, a torcida coxa-branca foi à loucura com os dois gols de Tuta na grande final do campeonato paranaense, que foram fundamentais para a conquista do título. Amanhã, quando o Coritiba entrar em campo, a possibilidade de o ex-atleticano fazer mas uma festa na Arena é nula. Com uma lesão muscular, o artilheiro está vetado para o clássico e deve ficar de fora do time por pelo menos dez dias.

Entretanto, mesmo sem entrar em campo, Tuta vai ter uma parcela de participação no jogo. E não é apenas na torcida. Experiente, o centroavante tem sido o espelho para André Nunes, que será o seu substituto. “O Tuta é um grande jogador e converso muito com ele, pegando dicas de posicionamento. É um exemplo para mim”, diz o garoto de 20 anos. Tuta retribui as palavras e aposta no jovem centroavante. “Ele é um jogador de muito futuro e muito concentrado. Tem tudo para corresponder em campo”, diz. Mesmo apostando suas fichas no substituto, Tuta não esconde que ficar de fora de mais um Atletiba o deixou chateado. “A última vez em que estive na Arena, fui campeão. Clássico é sempre gostoso de disputar. Mas vou ter que me conformar em ficar sofrendo na frente da televisão”. Precavido, o atacante prefere não ir à Arena, ainda mais depois de ter mandado a torcida adversária calar a boca na comemoração de seus dois gols. “É melhor ficar em casa também porque sou o autêntico torcedor. Fico mais nervoso fora do que dentro de campo”.

Todas as luzes que iluminaram Tuta na final do estadual aumentam a responsabilidade de André Nunes. Mas o jogador está preparado para o desafio e não disfarça a empolgação em disputar um Atletiba, na Arena, pelo time profissional. “É o tipo de jogo que todo atleta quer disputar. Já joguei com a camisa do Coritiba no brasileiro do ano passado (contra o Criciúma), no estadual e pela Libertadores. Por isso, aquele friozinho na barriga não existe mais”, diz.

Quanto ao fato de enfrentar o arqui-rival, André garante que vai tirar de letra. “No ano passado, pelo juniores, marquei dois gols contra eles. Tomara que tenha o mesmo sucesso que tive no ano passado e, quem sabe, deixe a minha marca?”. Na semana passada, André completou aniversário e encara a escalação de titular como um presente. “Já ganhei o meu. Agora, quero retribuir com gol pra a torcida”.

Voltar ao topo