O Coritiba embarca hoje para a sua terceira viagem ao exterior nesta temporada. Às 9h30, segue a delegação alviverde para Assunção, local do jogo decisivo pela Libertadores contra o Olimpia, terça, às 19h (de Brasília), no Defensores del Chaco.
De diferente, o bom momento do time, que perdeu apenas um dos últimos doze jogos. O problema é que foi justamente fora de casa, na Argentina, para o Rosario, único resultado que não pode acontecer.
As contas do Coxa são longas. Mas nenhuma delas prevê derrota para o time paraguaio. Com um empate, a classificação fica complicadíssima, e com vitória as chances aumentam consideravelmente. “Nós temos uma obrigação, que é conseguir um bom resultado contra o Olimpia”, resume o técnico Antônio Lopes. “A gente não pode nem pensar em parar. Vamos manter o ritmo e buscar a vitória”, concorda o atacante Aristizábal, que fez na sexta, contra o Cianorte, sua melhor atuação no Coritiba.
A classificação para a final do campeonato paranaense deu maior ânimo para os jogadores. “Nós tivemos erros, mas soubemos passar por eles e buscar a vaga na decisão”, diz o capitão Reginaldo Nascimento. “É muito importante chegarmos à final, porque prova que estamos em um bom caminho. Agora é esperar quem vai ser o adversário, e seja o Atlético, seja o Londrina, tentar o bicampeonato”, comenta Adriano, lembrando uma conquista que o Coxa não tem desde 1979.
Para Antônio Lopes, o time ganhou corpo e novas opções, como Rodrigo Batatinha e Ígor, que foram os dois destaques individuais da equipe. “Eles estiveram muito bem, e não tenho do que reclamar. A equipe rendeu, conseguiu impor o jogo e até poderia ter feito mais gols, não fossem algumas falhas nas finalizações e as defesas do goleiro do Cianorte (Adir), que para mim foi o melhor em campo”, analisa.
O problema é que nem Rodrigo nem Tuta estarão à disposição do técnico para o jogo de terça, ambos não foram inscritos para a primeira fase da Libertadores. O centroavante, inclusive, nem poderá jogar a primeira partida da final (que pode acontecer no sábado de Aleluia), já que levou o terceiro cartão amarelo contra o Cianorte. “Queriam mesmo tirar o Tuta da final”, atira Lopes, em uma crítica aberta à arbitragem.
Em contrapartida, Luís Mário tem volta garantida. “Ele, em vinte minutos, teve uma atuação extraordinária”, elogia o treinador coxa, que já pensa em mudar o planejamento de usar o “Papa-léguas” apenas no segundo tempo. “A princípio, ele jogaria 45 minutos, até para aproveitar o cansaço dos adversários. Mas vamos conversar com a comissão técnica, e talvez a gente tome outra posição”, confessa.
Luís diz que nada sentiu. “Eu corri bastante, e é natural que eu me cansasse, porque eu não jogava há mais de um mês e não treinava com bola há duas semanas. Mas estou bem”, garante. Com isso, a dúvida passa a ser Luís Carlos Capixaba, que foi deixado de fora da partida contra o Cianorte para que continuasse o tratamento e reunisse condições de enfrentar o Olimpia.
Ingressos pelo mesmo preço
Não haverá aumento de ingressos no Alto da Glória. A diretoria do Coritiba confirmou após o jogo contra o Cianorte que não lançará pacote de venda antecipada para o campeonato brasileiro, e que o preço unitário de um ingresso de arquibancada será mantido em R$ 15,00. A alteração acontecerá no valor das cadeiras, que diminui de R$ 30,00 para R$ 25,00.
O que aumenta é o número de cadeiras à disposição, pois até a partida contra o Sporting Cristal, no dia 13, estarão instaladas as que ficam posicionadas no segundo anel da reta da rua Mauá (o espaço agora fica todo “encadeirado??). Na mesma proporção diminui o espaço de arquibancadas.
Para o presidente Giovani Gionédis, a manutenção dos preços é uma medida natural para o momento econômico do país. “Eu reconheço que esse valor já é aviltante, mas nós temos custos para cobrir. Mas não podemos nem pensar em aumentar valores, porque a população ficou mais pobre nos últimos anos, e não tem condições de comprar ingressos muito caros”, explica.
A diretoria alviverde lança nas próximas semanas o projeto de venda de ingressos para o brasileiro, com a setorização do Couto Pereira e a possibilidade de descontos para torcedores que queiram se associar ao clube.
Guerra
Pá de cal. Esta foi a metáfora usada pelo presidente Giovani Gionédis quando perguntado sobre o caso Roberto Brum x Antônio Lopes. O treinador, em bom momento, pode sair fortalecido, pois o que se projeta é um “armistício?? entre as partes, com um possível pedido público de desculpas do “Senador”.